Idiomas

English French German Spain Italian Dutch Russian Hindi Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Um pouco sobre o Blog ...

Este Blog abrange todo o nosso aprendizado nestes 54 anos de estudos onde percorremos as escolas compreendidas pelo espiritismo, cristianismo, teosofia, budismo, zen-budismo, hinduísmo, rosa-crucianismo e gnose, não descurando da astrologia, astronomia e todas as ciências físicas com suas derivações.

sábado, 12 de abril de 2014

Devemos mandar cremar o corpo após o que denominamos morte ou enterrá-lo?

Devemos mandar cremar o corpo após o que denominamos morte ou enterrá-lo?



Considerando o grande número de perguntas sobre o tema acima e nosso propósito de transmitir o que vimos aprendendo aos meus irmãos em humanidade, começo uma série de postagens com perguntas feitas através de e-mails e que, pela importância dos assuntos ventilados resolvi colocar neste Blog  para aproveitamento de todos. A pergunta abaixo foi feita pela nossa irmã Fátima sobre a morte de um parente muito próximo, que transmito abaixo:

Olá Panyatara:
Gostaria de saber se a cremação é o melhor meio para retornarmos ao pó e, no caso de concordar com esta proposta perguntaria:  É correto que a cremação de nosso corpo físico só deve ser feita após 72 horas, tempo considerado necessário para o afastamento de nossos demais corpos?
Outra dúvida é: como o corpo deve ser conservado para evitar sua deterioração? Pode ser conservado na geladeira? Isto também não interfere no processo de desligamento dos corpos? Aguardo sua compreensão sobre o assunto.

Resposta:
Olá Fátima:
Suas dúvidas em relação à essas duas perguntas são muito oportunas e já as respondi várias vezes em Aulas, daí que resolvi colocar neste Blog meu entendimento  sobre o assunto e aproveitar suas perguntas para,  neste veículo, tentar servir aos meus irmãos que realizam plenamente a natureza humana em si.  Naturalmente faço isto consciente de que não estou me valendo apenas de meus conhecimentos pessoais, que são redundantes da Presença D`Àquele que realmente possui a sabedoria dentro de todos nós e que existe em mim como em todas as criaturas, sem qualquer privilégio  ou favorecimento particular, ou seja: nosso Cristo Interno.
A resposta da primeira pergunta é um pouco longa e para que você entenda bem todo o processo vida/morte, transcrevo um trecho do livro “Morte: A Grande Aventura” de Alice Bailey que explica tanto o processo do nascimento como o do desencarne:

O PROCESSO DE NASCIMENTO:
“A manifestação da vida no corpo etérico, no tempo e espaço, possui em si o que, esotericamente, tem sido chamado de “dois momentos de brilho”. São eles, primeiro, o momento anterior à encarnação física, quando a luz descendente (portadora da vida) está focalizada com toda a intensidade ao redor do corpo físico e estabelece uma relação com a luz da própria matéria (no ventre materno), que se encontra em cada átomo de substância. Esta Luz focalizada vai concentrar-se em sete áreas do seu círculo-não-se-passa (o universo pessoal do encarnante!) criando assim, sete centros maiores, que controlarão sua expressão e existência no plano externo, esotericamente falando. Este é um momento de grande irradiação: é quase como se um ponto de luz pulsante explodisse em chamas e como se, dentro dessa chama, sete planos de luz intensificada se formassem. Isto é um ponto alto na experiência de tomar uma encarnação e precede, de apenas alguns momentos, o nascimento físico. É isso que provoca a hora do nascimento. A fase seguinte do processo, como é vista pelo clarividente, é o estágio da interpenetração, durante o qual “os sete se tornam vinte e um (corpo físico, astral e mental) e a seguir, muitos”; a substância da luz, o aspecto energia da alma, começa a permear o corpo físico, e o trabalho criativo do corpo etérico ou vital é completado. O primeiro reconhecimento disto, no plano físico é o “som” emitido pela criança que nasce (primeiro choro!). É o clímax do processo. O ato da criação pela Alma está agora completo; uma nova luz brilha num lugar escuro.

A MORTE:
       O segundo momento de brilho acontece como o reverso deste processo e proclama o período de restituição e a abstração final da sua própria energia intrínseca pela Alma. A morada aprisionadora de carne é dissolvida com a retirada da luz/vida. Os quarenta e nove focos no interior do organismo físico se extinguem. Seu calor e luz são absorvidos pelos sete centros maiores de energia. Então a “Palavra de Retorno” é pronunciada e o aspecto-consciência, a natureza da qualidade, a luz e energia do homem encarnado são retirados para o corpo etérico. Da mesma forma, o princípio da vida retira-se do coração. Segue-se uma brilhante fulguração de pura luz elétrica e o “corpo de luz” finalmente extingue todo o contato com o veículo físico denso focalizando-se por um curto período no corpo vital e, a seguir desaparece. O ato de restituição foi completado. Todo este processo de focalização dos elementos espirituais no corpo etérico, com a subsequente dissipação do corpo etérico seria grandemente acelerado pela substituição do sepultamento pela cremação.
          Indagado sobre qual a melhor atitude a respeito da cremação e sob que condições deve ser seguida, o Mestre Djwal Khul disse: É auspicioso o fato de que a cremação se esteja tornando regra geral. Dentro em breve o sepultamento na terra será contra a Lei e a cremação será obrigatória, o que é uma medida saudável e sanitária. Aqueles insalubres locais psíquicos chamados cemitérios, finalmente desaparecerão, assim como a adoração aos antepassados está desaparecendo, tanto no Oriente – com seu culto aos ancestrais – como no Ocidente, com seu tolo culto de posição hereditária.
           Pelo uso do fogo todas as formas são dissolvidas; quanto mais rápido o veículo físico humano for destruído, mais depressa ele perde seu controle ou poderá agir sobre a Alma que se está retirando.
         Muitas tolices têm sido ditas na literatura espiritualista existente sobre a equação do tempo em relação à destruição sequencial dos corpos sutis. Deve dizer-se, contudo que, no momento em que a verdadeira morte for estabelecida (pelo médico ortodoxo encarregado do caso) e assegurado que nenhuma centelha de vida permanece no corpo físico, a cremação é então possível. A morte completa ou verdadeira ocorre quando o fio da consciência e o fio da vida (cordão de prata) são completamente retirados da cabeça e do coração. Dizer que o corpo etérico não deve ser levado apressadamente para as chamas do crematório, ou a crença de que se deve permitir que ele perambule por um período de vários dias não têm absolutamente base na verdade.
       Quando o homem interno se retira do seu veículo físico, retira-se simultaneamente do corpo etérico. É verdade que o corpo etérico pode permanecer por muito tempo no “campo de emanação” quando o corpo físico é enterrado e, frequentemente pode perdurar até a completa desintegração do corpo físico denso. Esta é a causa de ataques e acidentes que muitas vezes acontecem àqueles que descobrem túmulos antigos e se apoderam dos pertences de seus habitantes. Quando ocorre a cremação há, não apenas a imediata destruição do corpo físico e sua restituição à fonte da substância, como também o corpo vital é prontamente dissolvido e suas forças varridas, pela corrente de fogo, para o reservatório das energias vitais, do qual ele sempre foi e é parte inerente, esteja ou não ligado à forma.
    Se for necessário um retardamento por razões familiares ou exigências municipais, a cremação deve seguir a morte dentro de trinta e seis horas. Quando não existir razões para delongas, a cremação pode ser corretamente permitida em doze horas. É, sempre prudente, contudo, esperar doze horas para se ter a certeza da morte verdadeira”.
           
            Confirmando as palavras do Mestre D. K., podemos acrescentar que a cremação é necessária por duas razões fundamentais:
            Primeira: ela acelera a liberação  da Alma daquilo que foi tanto seu corpo físico como sua contraparte etérica, ocasionando, assim, a consumição deste seu envoltório em poucas horas, ao invés de que isto ocorra em tempo muito mais longo, o que não é recomendável. Acresce que a maioria dos seres humanos desencarna ainda saturados de energia vital (não chegam a cumprir todo o processo de vida a que estavam destinados por causa dos excessos vivenciados de toda forma, como, por exemplo, alimentação inadequada, bebidas estimulantes, vícios que apressam o desencarne, aborrecimentos e inadequação de uma vida natural) e, por não utilizarem todo o potencial vital de que estavam constituídos, provocam a perda do veículo físico antes da dissolução do veículo etérico (o corpo vital), com grandes desequilíbrios para o regresso prazeroso aos planos mais sutis da vida.
            Segunda: É também um meio muito necessário para purificar o plano astral e para impedir a tendência do desejo de “mover-se para baixo”, que ocorre com certas personalidades ainda apegadas ao corpo físico, que dificulta sobremaneira a alma que desencarna, em seu regresso aos mundos mais sutis. Esta tendência fica sem encontrar ponto de focalização, considerando que a essência do fogo repele o aspecto forma do desejo e se torna uma importante expressão da divindade com a qual o plano astral não tem relação, sendo, como é, inteiramente criado pela alma humana e não pela Alma Divina. “Nosso Deus é um fogo consumidor” é a frase na Bíblia que se refere ao primeiro aspecto divino do homem, o aspecto destruidor que libera a vida (o Cristo no homem= “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”).
            Resumindo, é extremamente importante deixarmos prontas as providências legais para que após nosso desencarne nosso corpo seja cremado e, se possível, atender as recomendações existentes no livro OS DEUSES ATÔMICOS sobre o assunto (págs. 57/8), a fim de que nossa volta para os mundos mais sutis se realize na forma mais prazerosa possível.
             O maior problema hoje existente para que tudo se cumpra da melhor forma como está acima orientado será evitar o hábito de, logo após o falecimento das energias físicas, colocarem os cadáveres na  geladeira, pois o frio é contra a natureza do corpo e os átomos que o constituem realmente são agredidos quando se realiza esta prática, tão comum nos hospitais. No meu caso, meus filhos já têm instruções para fazer todo o possível e evitar que isto aconteça com meu corpo, porém, se não for possível evitar esta situação estarei preparado para ajudar, evitando, enquanto neste plano, meu apego à matéria e sempre permanecendo consciente de que EU NÃO SOU O MEU CORPO.
            Infelizmente quem fez as posturas municipais em relação ÀS NORMAS PARA A CREMAÇÃO não tem conhecimento das verdades espirituais.
           
Sobre a doação de órgãos e a vida após o desencarne do doador e, também do beneficiário faremos em breve uma nova postagem.


Panyatara