Devemos mandar cremar o corpo após o que denominamos morte ou
enterrá-lo?
Considerando
o grande número de perguntas sobre o tema acima e nosso propósito de transmitir
o que vimos aprendendo aos meus irmãos em humanidade, começo uma série de
postagens com perguntas feitas através de e-mails e que, pela importância dos
assuntos ventilados resolvi colocar neste Blog para aproveitamento de todos. A pergunta
abaixo foi feita pela nossa irmã Fátima sobre a morte de um parente muito
próximo, que transmito abaixo:
Olá
Panyatara:
Gostaria
de saber se a cremação é o melhor meio para retornarmos ao pó e, no caso de
concordar com esta proposta perguntaria:
É correto que a cremação de nosso corpo físico só deve ser feita após 72
horas, tempo considerado necessário para o afastamento de nossos demais corpos?
Outra
dúvida é: como o corpo deve ser conservado para evitar sua deterioração? Pode
ser conservado na geladeira? Isto também não interfere no processo de
desligamento dos corpos? Aguardo sua compreensão sobre o assunto.
Resposta:
Olá Fátima:
Suas dúvidas em
relação à essas duas perguntas são muito oportunas e já as respondi várias
vezes em Aulas, daí que resolvi colocar neste Blog meu entendimento sobre o assunto e aproveitar suas perguntas
para, neste veículo, tentar servir aos
meus irmãos que realizam plenamente a natureza humana em si. Naturalmente faço isto consciente de que não
estou me valendo apenas de meus conhecimentos pessoais, que são redundantes da
Presença D`Àquele que realmente possui a sabedoria dentro de todos nós e que
existe em mim como em todas as criaturas, sem qualquer privilégio ou favorecimento particular, ou seja: nosso
Cristo Interno.
A resposta da primeira pergunta é um pouco longa e para que você entenda bem
todo o processo vida/morte, transcrevo um trecho do livro “Morte:
A Grande Aventura” de Alice Bailey que explica tanto o
processo do nascimento como o do desencarne:
O PROCESSO DE NASCIMENTO:
“A manifestação da vida no corpo etérico, no tempo
e espaço, possui em si o que, esotericamente, tem sido chamado de “dois
momentos de brilho”. São eles, primeiro, o momento anterior à encarnação
física, quando a luz descendente (portadora da vida) está focalizada com toda a
intensidade ao redor do corpo físico e estabelece uma relação com a luz da
própria matéria (no ventre materno), que se encontra em cada átomo de
substância. Esta Luz focalizada vai concentrar-se em sete áreas do seu
círculo-não-se-passa (o universo pessoal do encarnante!) criando assim, sete
centros maiores, que controlarão sua expressão e existência no plano externo, esotericamente
falando. Este é um momento de grande irradiação: é quase como se um ponto de
luz pulsante explodisse em chamas e como se, dentro dessa chama, sete planos de
luz intensificada se formassem. Isto é um ponto alto na experiência de tomar uma
encarnação e precede, de apenas alguns momentos, o nascimento físico. É isso
que provoca a hora do nascimento. A fase seguinte do processo, como é vista
pelo clarividente, é o estágio da interpenetração, durante o qual “os sete se
tornam vinte e um (corpo físico, astral e mental) e a seguir, muitos”; a
substância da luz, o aspecto energia da alma, começa a permear o corpo físico,
e o trabalho criativo do corpo etérico ou vital é completado. O primeiro
reconhecimento disto, no plano físico é o “som” emitido pela criança que nasce
(primeiro choro!). É o clímax do processo. O ato da criação pela Alma está
agora completo; uma nova luz brilha num lugar escuro.
A MORTE:
O segundo momento de brilho acontece como o reverso deste processo e
proclama o período de restituição e a abstração final da sua própria energia
intrínseca pela Alma. A morada aprisionadora de carne é dissolvida com a
retirada da luz/vida. Os quarenta e nove focos no interior do organismo físico
se extinguem. Seu calor e luz são absorvidos pelos sete centros maiores de
energia. Então a “Palavra de Retorno” é pronunciada e o aspecto-consciência, a
natureza da qualidade, a luz e energia do homem encarnado são retirados para o
corpo etérico. Da mesma forma, o princípio da vida retira-se do coração. Segue-se
uma brilhante fulguração de pura luz elétrica e o “corpo de luz” finalmente
extingue todo o contato com o veículo físico denso focalizando-se por um curto
período no corpo vital e, a seguir desaparece. O ato de restituição foi
completado. Todo este processo de
focalização dos elementos espirituais no corpo etérico, com a subsequente
dissipação do corpo etérico seria grandemente
acelerado pela substituição do sepultamento pela cremação.
Indagado sobre qual a melhor atitude a respeito da cremação e sob que
condições deve ser seguida, o Mestre Djwal Khul disse: “É auspicioso o fato de que a cremação
se esteja tornando regra geral. Dentro em breve o sepultamento na terra será
contra a Lei e a cremação será obrigatória, o que é uma medida saudável e
sanitária. Aqueles insalubres locais psíquicos chamados cemitérios, finalmente
desaparecerão, assim como a adoração aos antepassados está desaparecendo, tanto
no Oriente – com seu culto aos ancestrais – como no Ocidente, com seu tolo
culto de posição hereditária.
Pelo uso do fogo todas as formas são
dissolvidas; quanto mais rápido o veículo físico humano for destruído, mais
depressa ele perde seu controle ou poderá agir sobre a Alma que se está
retirando.
Muitas
tolices têm sido ditas na literatura espiritualista existente sobre a equação
do tempo em relação à destruição sequencial dos corpos sutis. Deve dizer-se,
contudo que, no momento em que a verdadeira morte for estabelecida (pelo médico
ortodoxo encarregado do caso) e assegurado que nenhuma centelha de vida
permanece no corpo físico, a cremação é então possível. A morte completa ou
verdadeira ocorre quando o fio da consciência e o fio da vida (cordão de prata)
são completamente retirados da cabeça e do coração. Dizer que o corpo etérico
não deve ser levado apressadamente para as chamas do crematório, ou a crença de
que se deve permitir que ele perambule por um período de vários dias não têm
absolutamente base na verdade.
Quando
o homem interno se retira do seu veículo físico, retira-se simultaneamente do
corpo etérico. É verdade que o corpo etérico pode permanecer por muito tempo no
“campo de emanação” quando o corpo físico é enterrado e, frequentemente pode
perdurar até a completa desintegração do corpo físico denso. Esta é a causa de
ataques e acidentes que muitas vezes acontecem àqueles que descobrem túmulos
antigos e se apoderam dos pertences de seus habitantes. Quando ocorre a
cremação há, não apenas a imediata destruição do corpo físico e sua restituição
à fonte da substância, como também o corpo vital é prontamente dissolvido e
suas forças varridas, pela corrente de fogo, para o reservatório das energias
vitais, do qual ele sempre foi e é parte inerente, esteja ou não ligado à
forma.
Se for necessário um retardamento por razões familiares ou exigências
municipais, a cremação deve seguir a morte dentro de trinta e seis horas.
Quando não existir razões para delongas, a cremação pode ser corretamente
permitida em doze horas. É, sempre prudente, contudo, esperar doze horas para
se ter a certeza da morte verdadeira”.
Confirmando
as palavras do Mestre D. K., podemos acrescentar que a cremação é necessária
por duas razões fundamentais:
Primeira:
ela acelera a liberação da Alma daquilo
que foi tanto seu corpo físico como sua contraparte etérica, ocasionando,
assim, a consumição deste seu envoltório em poucas horas, ao invés de que isto
ocorra em tempo muito mais longo, o que não é recomendável. Acresce que a
maioria dos seres humanos desencarna ainda saturados de energia vital (não
chegam a cumprir todo o processo de vida a que estavam destinados por causa dos
excessos vivenciados de toda forma, como, por exemplo, alimentação inadequada,
bebidas estimulantes, vícios que apressam o desencarne, aborrecimentos e
inadequação de uma vida natural) e, por não utilizarem todo o potencial vital
de que estavam constituídos, provocam a perda do veículo físico antes da
dissolução do veículo etérico (o corpo vital), com grandes desequilíbrios para
o regresso prazeroso aos planos mais sutis da vida.
Segunda:
É também um meio muito necessário para purificar o plano astral e para impedir
a tendência do desejo de “mover-se para baixo”, que ocorre com certas
personalidades ainda apegadas ao corpo físico, que dificulta sobremaneira a
alma que desencarna, em seu regresso aos mundos mais sutis. Esta tendência fica
sem encontrar ponto de focalização, considerando que a essência do fogo repele
o aspecto forma do desejo e se torna uma importante expressão da divindade com
a qual o plano astral não tem relação, sendo, como é, inteiramente criado pela
alma humana e não pela Alma Divina. “Nosso Deus é um fogo consumidor” é a frase
na Bíblia que se refere ao primeiro aspecto divino do homem, o aspecto
destruidor que libera a vida (o Cristo no homem= “Eu sou o caminho, a verdade e
a vida”).
Resumindo,
é extremamente importante deixarmos prontas as providências legais para que
após nosso desencarne nosso corpo seja cremado e, se possível, atender as
recomendações existentes no livro OS DEUSES ATÔMICOS sobre o assunto (págs.
57/8), a fim de que nossa volta para os mundos mais sutis se realize na forma
mais prazerosa possível.
O maior problema hoje existente para
que tudo se cumpra da melhor forma como está acima orientado será evitar o
hábito de, logo após o falecimento das energias físicas, colocarem os cadáveres
na geladeira, pois o frio é contra a
natureza do corpo e os átomos que o constituem realmente são agredidos quando
se realiza esta prática, tão comum nos hospitais. No meu caso, meus filhos já
têm instruções para fazer todo o possível e evitar que isto aconteça com meu
corpo, porém, se não for possível evitar esta situação estarei preparado para
ajudar, evitando, enquanto neste plano, meu apego à matéria e sempre permanecendo
consciente de que EU NÃO SOU O MEU CORPO.
Infelizmente quem fez
as posturas municipais em relação ÀS NORMAS PARA A CREMAÇÃO não tem
conhecimento das verdades espirituais.
Sobre a doação de órgãos e a vida
após o desencarne do doador e, também do beneficiário faremos em breve uma nova
postagem.
Panyatara
Namastê Professor!
ResponderExcluirGostaria de lhe perguntar sobre o duplo etérico e o corpo astral. Estive comentando com minhas amigas que tinha levado para uma palestra a respeito de pessoas que são cremadas. Depois de ler seu artigo acima eu me questiono se ao ser cremado o corpo físico, se o duplo também seria desintegrado no mesmo instante ou ficaria ainda por aqui. Os espíritas dizem que não se deve cremar ninguém antes de 72h, para dar tempo ao desmanche do corpo etérico (duplo).
Minha pergunta é a seguinte: A função do duplo é intermediar as sensações do físico para o corpo astral e vice-versa? Eu entendo assim. O que faz realmente o duplo nessa situação de cremar o corpo físico? O corpo astral sente essa cremação? Se o duplo não levar essa impressão ao corpo astral ele não vai sentir nada, ou vai?
É para evitar essa conexão do físico com o astral que a espiritualidade diz que devemos esperar 72h para cremar um corpo? Isso depende da evolução espiritual dessa alma encarnada ou não tem nada a ver? Você poderia me explicar isso?
Paz e Luz
Di
PS: Gostaria que você me indicasse alguns livros sobre física quântica. Bjs.
Namastê Di.
ExcluirEm primeiro lugar, agradeço sua presença no Blog, pois as respostas abaixo ás suas perguntas provavelmente irão atender dúvidas de outras pessoas.
Seu primeiro questionamento foi: “se ao ser cremado o corpo físico, se o duplo também seria desintegrado no mesmo instante ou ficaria ainda por aqui”.
A resposta já estava no tema apresentado no Blog e ela é do próprio Mestre Djwal Khul que, acredito, sabe mais do que eu sobre estes assuntos e que aqui reproduzo para sua leitura mais acurada, pois sua pergunta já estava respondida no texto da postagem: “Dizer que o corpo etérico não deve ser levado apressadamente para as chamas do crematório, ou a crença de que se deve permitir que ele perambule por um período de vários dias não têm absolutamente base na verdade. Quando o homem interno se retira do seu veículo físico, retira-se simultaneamente do corpo etérico.
Sua segunda dúvida está “na crença dos espíritas de que não se deve cremar ninguém antes de 72h, para dar tempo ao desmanche do corpo etérico (duplo). Esclarecendo, posso dizer que esta crença não tem outro fundamento do que a obediência às posturas municipais, pois, o corpo etérico é, após a saída do homem interior do corpo denso apenas a complementação do cadáver físico denso e se estiver saturado ainda de vitalidade, quanto mais rápido for levado à dissolução pelo fogo, melhor será para a entidade que se retirou, pois evita o que explicamos acima, ou seja, o desejo de “mover-se para baixo” que ocorre com certas personalidades ainda muito apegadas ao corpo físico.
A sua afirmação que redunda na outra pergunta, ou seja, de que “a função do duplo é intermediar as sensações do físico para o corpo astral e vice-versa? Eu entendo assim. O que faz realmente o duplo nessa situação de cremar o corpo físico?” Responderei que o nosso corpo físico não tem movimento próprio, pois nosso corpo de sensações e movimento é o corpo emocional ou, como é mais conhecido, o corpo astral. O corpo físico-etérico não “sente”, pois todas as sensações e movimentos têm origem no corpo astral. Através do uso dos vários anestésicos, podemos afastar o corpo astral e as sensações físicas desaparecem. O que pode ocorrer e, as vezes ocorre, são fenômenos elétricos e naturais de contrações e até mesmo expansão no físico (experiência com rãs demonstram isto claramente), mas sem qualquer outra conotação que seja puramente dentro do campo físico e a Alma não participa deles. Quando estamos dormindo, os movimentos acontecem porque o físico e o astral estão conectados através do etérico, que recebe a “vida que vem de cima”, ou seja, o Plano mental superior ou causal, para restaurar as energias gastas tanto do físico como o astral. O duplo etérico não tem vida própria e sua permanência após o desenlace do físico seria apenas das inumeráveis consciências atômicas que o constituem e que devem ser dissolvidas imediatamente quando não têm mais a direção da Alma para evitar, repito, o fenômeno da entidade astral querer “mover-se para baixo”. (continua)
(Continuação:)
ExcluirQuanto as suas perguntas:
a) O corpo astral sente essa cremação? Não! O corpo que está sendo cremado é o físico-etérico e a vida já foi desligada do mesmo, que não tem mais a mínima conexão com o astral, daí que para entidade desencarnada ocorre apenas uma sensação de bem-estar em forma de um calor prazeroso.
b) Se o duplo não levar essa impressão ao corpo astral ele não vai sentir nada, ou vai? Posso responder com segurança que o “duplo” não vai sentir nada, pois o corpo de sensações, como já expliquei é o astral, portanto ele não tem condições de “sentir” nada como veículo. Acresce que quem conecta nossos corpos é nossa Alma e quando ela se retira do físico-etérico a vida permanece no emocional durante um tempo variável, que pode ser muito curto ou muito longo, dependendo do tipo de vida que a entidade realizou na face da Terra.
c) É para evitar essa conexão do físico com o astral que a espiritualidade diz que devemos esperar 72h para cremar um corpo? Minha resposta é não, pois essa recomendação visava antigamente evitar que pessoas vítimas de ataques catalépticos fossem enterradas ainda vivas (como acontecia com certa frequência). Hoje, com os recursos médicos modernos é muito difícil que estas situações ocorram, porém, permanecem as posturas legais, entretanto, para os casos de cremação esta recomendação é absurda, pois a cremação ocorre em pouquíssimos minutos e na fornalha praticamente não existe ar, pois a temperatura quando o cadáver entra já atinge centenas de graus, enquanto que antigamente o “sujeito” acordava dentro do caixão e vivia momentos de pânico, até que a vida se exauria por falta de oxigênio, o que demandava mais tempo.
d) Isso depende da evolução espiritual dessa alma encarnada ou não tem nada a ver? Você poderia me explicar isso? Respondendo a essa pergunto posso dizer que tudo depende da “evolução” (essa palavra para mim significa progresso da Alma na consecução de corpos mais adaptáveis à sua vontade, pois a Alma é a manifestação do Cristo (o Íntimo) em cada um de nós e é perfeita como é o Pai que está nos céus! Nela está o propósito e, esse propósito, é o objetivo de cada encarnação, ou seja, criar um Universo Perfeito em cada um de nós, que nos dará a condição de participar do Universo do Absoluto por causa de uma espécie de identificação de consciência que ocorre quando chegarmos a este estado de Ser que a Entidade encarnada já conseguiu em sua jornada. Posso adiantar inclusive que alguns seres humanos podem deixar à vontade seus corpos e se manifestar diretamente no mundo mental sem a necessidade destes trâmites que pessoas como nós necessitam passar.
Quanto à sua solicitação de livros bons sobre física quântica, considero “O CAMPO” de Lynne McTaggart uma abordagem muito interessante sobre o assunto, porém hoje existe vários livros sobre o assunto que se completam em termos de informações, como “A CIÊNCIA E O CAMPO AKÁSHICO” de Ervin Laszlo, “UNIVERSO INTELIGENTE” de James Gardner, etc. etc., porém primeiro é preciso compreender que aquilo que denominamos quantum ainda é, de forma grosseira de explicar, matéria em busca de Vida, mas o assunto é complicado, porém acredito que a Silvia já pode explicar com certa categoria o assunto.
Namastê
Panyatara
NAMASTE Professor jayr.
ExcluirAgradeço suas explicações . Só não entendi quando o senhor fala em anestésicos que podem afastar o corpo astral mais rapidamente do corpo físico, etc.
Isso se refere a medicamentos tomados durante a doença ? Mas se a pessoa desencarna numa situação abrupta, tal como acidentes de carro, tiro, facada, etc. Não houve tempo de anestesiar o corpo fisico. Poderia me esclarecer isso melhor?Digenare