Na astronomia, equinócio é definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto no qual a eclíptica cruza o equador celeste.
A palavra equinócio vem do latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do sol é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte, e o pôr do sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.
Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro, quando definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. Em setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o início do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul.
As datas dos equinócios variam de um ano para o outro, devido aos anos trópicos (o período entre dois equinócios de março) não terem exatamente 365 dias, fazendo com que a hora precisa do equinócio varie ao longo de um período de dezoito horas, que não se encaixa necessariamente no mesmo dia. O ano trópico é um pouco menor que 365 dias e 6 horas. Assim num ano comum, tendo 365 dias e - portanto - mais curto, a hora do equinócio é cerca de seis horas mais tarde que no ano anterior. Ao longo de cada sequência de três anos comuns as datas tendem a se adiantar um pouco menos de seis horas a cada ano. Entre um ano comum e o ano bissexto seguinte há um aparente atraso, devido à intercalação do dia 29 de fevereiro.(https://pt.wikipedia.org/wiki/Equin%C3%B3cio)
Neste ano de 2016, o equinócio de outono
será no dia 20 de março às 04h30.
Texto de Panyatara, explicando sobre o Equinócio da Primavera, que simbolicamente e espiritualmente também tem a ver com o Equinócio de Outono, dentro da simbologia esotérica. Achei oportuno o momento de postar esse artigo. Desejo uma boa leitura e um bom proveito para nossa prática diária de vida. Namastê! Theano
A Primavera, como todos
nós sabemos, é a estação do ano caracterizada por uma verdadeira explosão de
energias que se manifestam em todas as expressões de vidas existentes em nosso
Planeta, atuando, parece, na própria estrutura dos átomos do reino mineral, do
reino vegetal, do reino animal e também humano, proporcionando condições
excepcionais para que toda e qualquer semeadura, seja em que campo for, venha a
brotar, obedecendo a desígnios inescrutáveis para a maioria de nossos
cientistas, porém, consoantes leis que muito interessam aos verdadeiros
iniciados, porquanto estes devem aprender a conhecê-las e dominá-las.
Durante a Primavera,
conforme visto em nosso dia a dia ocorre como que um renascimento ou
ressurreição da vida em suas mais variadas expressões, onde, principalmente os
Reinos que nos seguem mais próximos no caminho da evolução, dão testemunho
iniludível de que novas forças animam suas formas. É a época do aparecimento do
cio nos animais, das flores com suas
sementes no Reino Vegetal; da alegria, do sentimento de fraternidade, do amor
mais consciente no Reino humano, impulsionando todas as formas vivas da natureza
a se cobrirem com suas roupagens mais belas a fim de atraírem seus opostos e,
assim, através da troca de uma energia abundante nessa época que é ao mesmo
tempo coesiva e expansiva, se tornar uma só pessoa obtendo, dessa forma, o
clímax do prazer para, em seguida, obedecendo a expansão do amor que
experimentam, desabrochar em novas formas de vida a fim de perpetuarem o
sagrado mistério da criação.
Os efeitos da primavera
sobre a vida na face da Terra sempre despertou a atenção da Humanidade, seja
naquele aspecto mais imediato, que se reúne nos benefícios que sua ação produz
na criação ou na agricultura, base da economia dos povos mais antigos, como no
aspecto religioso que daí redundava, levando aqueles homens mais evoluídos a se
ensimesmarem e procurarem encontrar, através da observação e meditação
constante, o fundamento do que realmente ocorria em cada estação do ano, sua
repercussão sobre toda a natureza e o proveito maior que poderiam obter destes
fatos.
Com a mente e o coração
abertos para a grandeza do processo cósmico que envolve a corrida de nosso Sol
pelos 12 signos do Zodíaco, observando, com atenção religiosa, que as
maravilhosas transformações que se manifestavam no Grande Cósmico, se
eternizavam em sua descida cada vez maior no microcósmico, e constatando ainda
que o que está em cima é igual ao que está embaixo e que o microcosmo está sob
as leis ou energias geradas no Macrocosmo, aqueles investigadores entraram na
posse de um conhecimento transcendental, cujo objetivo foi destinado, em primeira
mão, a superação das limitações impostas à condição humana, o que era ensinado
dentro dos templos, sempre em caráter estritamente reservado e objetivando
àqueles homens que, depois de provados efetivamente nas mais duras provas,
enfrentando altaneiramente os 4 elementos da Natureza, se tornavam Senhores
desses elementos dentro de si mesmos, consoante o conhecimento e domínio
daquelas Leis ou Energias tão magnanimamente colocadas pelo Macrocosmo à disposição
do microcosmo.
Em contrapartida,
conscientes do valor e, ao mesmo tempo do perigo que esses conhecimentos
representavam, se utilizados indevidamente, procuraram vedá-los a compreensão
do vulgo, instituindo aquilo que conhecemos hoje sob o nome de Mistérios, festas de dupla significação
que ensinava, durante uma sequencia de comemorações baseadas no Drama Solar e
outros métodos velados:
- a
origem das coisas materiais,
- a
natureza do espírito,
- as
relações deste com o corpo humano
e,
- o
método de sua purificação e transmutação para a vida superior, com a ajuda das forças naturais,
isto observando o aspecto esotérico
desses conhecimentos e, exotericamente:
- o
relacionamento do homem e da natureza com as forças oriundas do Cosmo,
proporcionando, ao homem comum, o entendimento dessas energias através de encenações
festivas onde, com a utilização de máscaras características, as mesmas eram
personalizadas para um culto e adoração que satisfazia plenamente àquele homem
inculto.
Segundo os
historiadores, nos primeiros dias da Primavera eram realizadas as Festas de Exaltação ao Sol, sempre
personificado por um grande Ser, que podia ser Hórus no Egito, Dionísio ou
Orfeu na Grécia, Hagal nos países nórdicos, e assim por diante.
As virtudes fecundantes
desses Deuses Solares eram adoradas em seus mais íntimos aspectos, tanto nos
Templos como pelo populacho, sendo que estes, naturalmente incentivados pelos
sacerdotes destes cultos, chegavam a promover desfiles em carros alegóricos
onde o pênis masculino aparecia como a mais alta expressão do Sol na face da
Terra pendendo também como adereço no pescoço das sacerdotisas.
Cantavam sempre o poder
vivificante contido nos raios solares e considerava cada semente um óvulo
feminino, representação microcósmica do Planeta Terra, personificado nas
figuras de Ísis, Deméter, Ceres e outros nomes de acordo com o país onde eram
realizadas estas festas, quando de caráter externo, e cerimônias ou rituais,
quando no interior dos templos.
Pouco antes do fim do
verão no hemisfério norte, ou seja, entre 15 e 22 de setembro eram realizadas,
então, as Festas e os Rituais da Colheita,
sempre na mais respeitosa gratidão e com a máxima alegria. Nessa época eram
oferecidas as “messis” ou primícias
nos altares consagrados ao Deus Sol e se adorava a Deus-Natureza em seu aspecto
materno.
Estes Rituais, que
sempre eram realizados envolvendo ensinamentos de profundo esoterismo, falavam
de uma vítima sacrificial expiatória (a personalidade do iniciado) e uma
ressurreição, quando, então, o iniciado era admitido ao Supremo Grau de Epopta,
ou seja, o que possui a Clarividência
divina. Morria o homem velho e nascia o homem novo; Osíris dá lugar a Hórus, no
eterno drama de Ísis.
Meus Irmãos:
Para nós, na época
atual, a chegada da primavera não deve ficar restrita ao aspecto externo dos
Mistérios, porquanto ela traz consigo um fator de transcendental importância
para nossas vidas e para nossos propósitos. Para compreender a qualidade e a
essência de suas energias, temos que nos aprofundar no estudo desses mistérios
antigos, ainda incompreendidos pelos homens, porquanto encerram muito mais do
que profanamente pode ser dito.
O estudo e a meditação
sobre eles poderão nos revelar uma das chaves mais importantes para a iniciação
verdadeira, considerando que os corpos do homem (sua natureza) estão sujeitos a
todo o processo Cósmico acima exposto e que suas energias se relacionam com
aquelas manifestadas durante o Drama
Solar.
Entre esses Mistérios,
um dos mais ricos em simbologia é o de Dionísio. Conta, os Mistérios que levam
seu nome: Dionísio foi assassinado pelos Titãs e teve o seu corpo despedaçado
em 14 partes.
É interessante observar
que nos Mistérios Osiríacos vemos a mesma história, com Osíris sendo
assassinado por Seth que, em seguida, lhe despedaça e dispersa o cadáver em
várias partes, posteriormente piedosamente procuradas e juntadas por Toth,
Anúbis, seu filho Hórus e sua esposa Ísis, sendo que esta lamenta, depois da
reunificação do corpo, ao constatar que lhe falta uma parte.
Mais interessante ainda
é verificarmos que vamos encontrar histórias semelhantes nas várias escolas
esotéricas da Antiguidade e até mesmo nos considerados Mistérios Menores, como
acontece nos fundamentos maçônicos modernos, onde Salomão (Solomoc) contrata,
através do Rei Hiram, a construção do templo (o corpo humano) a Hiram Abif, filho
da viúva de Naim, que também é assassinado, esquartejado, tem os pedaços do
corpo dispersos e depois reunificados por seus operários fiéis.
E o assunto fica mais
atraente ainda quando:
a) primeiramente descobrimos que
Dionísio é o Sol primordial personificado; é Fane (Phanes), o espírito da
Visibilidade (da luz) material (por quem todas as coisas foram feitas); ciclope
gigante que tem em si o poder produtor
do mundo, o onipenetrante animismo de todas as coisas.b) Em seguida, verificamos que este Sol primordial despedaçou-se, resultando em 14 partes que poderiam ser, cosmicamente falando:
1) nosso Sol atual (o Hórus Osiríaco; o
olho do ciclope gigante)
2) a Lua (muitas vezes também adorada
como Ísis)
3) Vulcano (planeta descoberto por
Heschel em 1786 e que depois desapareceu)
4) Mercúrio
5) Vênus
6) Terra
7) Marte
8) Planeta que existia na zona de asteroides
que explodiu (Viela) - não será ele a parte do corpo de Osíris que não foi
encontrada? No mistério cristão é representado por Judas Iscariotes, que se
suicida.
9) Júpiter
10) Saturno
11) Urano
12) Netuno
13) Plutão
14) o planeta X – (Vesta)
Ou seja, 14 partes de um todo que
representa o nosso sistema solar.
c) Sabemos também que os 7 corpos do
homem (+) somados aos 7 corpos da mulher (-) formam um ser perfeito, ou seja,
um Dionísio.
Também os 4 evangelhos
do Cristianismo se relaciona com estas verdades. A própria +
(cruz) é o símbolo das 4 estações sobre o globo terrestre.
Nela se realiza o drama
solar e a Primavera é representada pela cena de Anunciação, na qual o Arcanjo
Gabriel comunica a Virgem Maria (A Natureza Cósmica) de que já estava fecundada
por obra e graça do Espírito Santo (a energia Cristônica criadora, contida no
Sol, que se materializa como Prâna, o Sêmen Divino). Maria é a mesma Mulaprakriti dos vedantinos, a matéria
primordial, o aspecto feminino do Absoluto manifestado, o ovo Pascal que possui
a latência de todos os elementos constitutivos do Cosmo, adquiridos em cada Pralaya (obscurecimento da vida,
inverno), ou do Planeta Terra, nos períodos de duração de cada inverno.
Contudo, para expressar
a vida (o Cristo), O Caos necessita de fecundação, o que ocorre durante os
períodos de Pralaya (inverno) ou
períodos de repouso da criação, quando a parte feminina e a parte masculina do
Absoluto se integram no Imanifestado, ou seja, o positivo e o negativo se
juntam e formam o zero Potencial, ou Ovo Divino, ou de fecundação do Logos, se
nos referimos ao nosso sistema Solar, relacionando-o com a Terra, o que
acontece no período do inverno (período semelhante a um Pralaya) quando ocorre como que uma parada, uma anulação do
existente anterior, e a própria Terra se recolhe, ciosa, do que está
acontecendo dentro de si, para depois explodir em vida, na Primavera.
É durante o Inverno que
se realiza todo o processo da gestação (assimilação do antigo para um novo
renascimento), até que, na Primavera, nasce a Crianca-Sol, o Cristo, que nos
seus primeiros dias de vida ainda sofre as incertezas dos ventos e do frio do
Inverno (que também significa a Morte) que teima muitas vezes em continuar seu
domínio; por isso a criança necessita se refugiar no Egito (onde existe
calor=Verão) para crescer forte e saudável.
E é no Verão que a
criança-Sol adquire força e poder e trabalha com o Pai produzindo bens
materiais, ou seja, traz a vida o produto de sua ação, sazonando com suas
próprias energias, os grãos que alimentam o corpo para, posteriormente, no
Outono, já com a obra acabada (época de Colheita) alimentar seus filhos
(Egos-Divinos no coração dos homens) com seu corpo (Pão=matéria) e com seu
sangue (Vinho=espírito), fruto final de seu labor, deixando-se imolar (novamente) na Cruz (as linhas horizontal e
vertical da divisão do Globo terrestre em 4 estações) para que sua vida salve
outras vidas (sua morte no final do outono, para renascer de novo (ressurgir
dentre os mortos) não nos abandonando até a consumação dos séculos (novo Pralaya = fim desta onda evolutiva)
conforme prometera, acenando-nos com a Esperança de que das Trevas nasce a Luz
(um novo Manvantara = início de nova
onda de vida).
Porém poderíamos, em
conjunto, perguntar: qual o valor da Primavera para nós, seres humanos, dentro
do contexto do que foi até agora apresentado?
Poderíamos responder,
com toda segurança, que tudo isto tem grande importância para todos aqueles que
buscam a verdadeira iniciação.
Santo Agostinho ao
proferir as palavras “Omnia sunt per
allegoriam dicta” revelou a maneira de girar a chave na fechadura para os
verdadeiros aspirantes da Sabedoria Espiritual.
No hemisfério Sul, a
entrada do Sol no signo de Libra traz-nos a Primavera e favorece as seguintes
influências, características de Libra:
1) INTUIÇÃO ESPIRITUAL (Clarividência -
raciocínio rápido - decisão - boa disposição para a realização)
2) FRATERNIDADE (Humildade -
Amabilidade - Boa Vontade)
3) EQUILÍBRIO (Harmonia Perfeita entre
os opostos)
Como sabemos, no
hemisfério Norte, a Primavera ocorre com a entrada do Sol em Áries, signo
oposto de Libra e traz as seguintes influências, características de Áries:
1) INTUIÇÃO OBJETIVA (que leva ao
raciocínio penetrante e à memória matemática)
2) FRATERNIDADE (generosidade;
hospitalidade)
3) ALTIVEZ (Independência, Vontade
Determinada - Domínio)
Pergunto:
Para a realização
espiritual que a Primavera oferece, será
que Libra não oferece condições semelhantes ou até mesmo superiores às de
Áries?
Deixo a resposta para a
meditação de cada um de vocês.
Meus Irmãos!
Sabendo que o Sol da
Primavera é o ressuscitador (o que traz a vida, o que faz desabrochar as flores
(e as rosas são flores) da Natureza, que também pode ser a nossa, porque não
aproveitar suas bênçãos para também eternizar-nos nossa vida)?
Os ocultistas hinduístas
costumam falar, sem entrar em pormenores, do dia e da noite dos Devas.
A título de compensação
pela paciência que nos concederam, vou ajudar a levantar um pouco a ponta do
véu.
Companheiros! O dia dos
Devas é o período compreendido entre o início da Primavera e o fim do verão ou
exatamente o mesmo período cultuado e cultivado em todos os Mistérios
conhecidos.
Sabendo que tudo o que
ocorre na Natureza externa é expressão de energias que também atuam em nossa
natureza interna, fica fácil depreender que nada mais pode ser dito.
Rio de Janeiro 16 de abril de 2000.
Panyatara
Nenhum comentário:
Postar um comentário