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Um pouco sobre o Blog ...

Este Blog abrange todo o nosso aprendizado nestes 54 anos de estudos onde percorremos as escolas compreendidas pelo espiritismo, cristianismo, teosofia, budismo, zen-budismo, hinduísmo, rosa-crucianismo e gnose, não descurando da astrologia, astronomia e todas as ciências físicas com suas derivações.

sábado, 19 de março de 2016

EQUINÓCIO DA PRIMAVERA E DE OUTONO



Na astronomia, equinócio é definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto no qual a eclíptica cruza o equador celeste.

A palavra equinócio vem do latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do sol é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte, e o pôr do sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.

Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro, quando definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. Em setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o início do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul.

As datas dos equinócios variam de um ano para o outro, devido aos anos trópicos (o período entre dois equinócios de março) não terem exatamente 365 dias, fazendo com que a hora precisa do equinócio varie ao longo de um período de dezoito horas, que não se encaixa necessariamente no mesmo dia. O ano trópico é um pouco menor que 365 dias e 6 horas. Assim num ano comum, tendo 365 dias e - portanto - mais curto, a hora do equinócio é cerca de seis horas mais tarde que no ano anterior. Ao longo de cada sequência de três anos comuns as datas tendem a se adiantar um pouco menos de seis horas a cada ano. Entre um ano comum e o ano bissexto seguinte há um aparente atraso, devido à intercalação do dia 29 de fevereiro.(https://pt.wikipedia.org/wiki/Equin%C3%B3cio)



Neste ano de 2016, o equinócio de outono 
será no dia 20 de março às 04h30. 







Texto de Panyatara, explicando sobre o Equinócio da Primavera, que simbolicamente e espiritualmente também tem a ver com o Equinócio de Outono, dentro da simbologia esotérica. Achei oportuno o momento de postar esse artigo. Desejo uma boa leitura e um bom proveito para nossa prática diária de vida. Namastê! Theano

A Primavera, como todos nós sabemos, é a estação do ano caracterizada por uma verdadeira explosão de energias que se manifestam em todas as expressões de vidas existentes em nosso Planeta, atuando, parece, na própria estrutura dos átomos do reino mineral, do reino vegetal, do reino animal e também humano, proporcionando condições excepcionais para que toda e qualquer semeadura, seja em que campo for, venha a brotar, obedecendo a desígnios inescrutáveis para a maioria de nossos cientistas, porém, consoantes leis que muito interessam aos verdadeiros iniciados, porquanto estes devem aprender a conhecê-las e dominá-las.
Durante a Primavera, conforme visto em nosso dia a dia ocorre como que um renascimento ou ressurreição da vida em suas mais variadas expressões, onde, principalmente os Reinos que nos seguem mais próximos no caminho da evolução, dão testemunho iniludível de que novas forças animam suas formas. É a época do aparecimento do cio nos animais, das flores com suas sementes no Reino Vegetal; da alegria, do sentimento de fraternidade, do amor mais consciente no Reino humano, impulsionando todas as formas vivas da natureza a se cobrirem com suas roupagens mais belas a fim de atraírem seus opostos e, assim, através da troca de uma energia abundante nessa época que é ao mesmo tempo coesiva e expansiva, se tornar uma só pessoa obtendo, dessa forma, o clímax do prazer para, em seguida, obedecendo a expansão do amor que experimentam, desabrochar em novas formas de vida a fim de perpetuarem o sagrado mistério da criação.
Os efeitos da primavera sobre a vida na face da Terra sempre despertou a atenção da Humanidade, seja naquele aspecto mais imediato, que se reúne nos benefícios que sua ação produz na criação ou na agricultura, base da economia dos povos mais antigos, como no aspecto religioso que daí redundava, levando aqueles homens mais evoluídos a se ensimesmarem e procurarem encontrar, através da observação e meditação constante, o fundamento do que realmente ocorria em cada estação do ano, sua repercussão sobre toda a natureza e o proveito maior que poderiam obter destes fatos.
Com a mente e o coração abertos para a grandeza do processo cósmico que envolve a corrida de nosso Sol pelos 12 signos do Zodíaco, observando, com atenção religiosa, que as maravilhosas transformações que se manifestavam no Grande Cósmico, se eternizavam em sua descida cada vez maior no microcósmico, e constatando ainda que o que está em cima é igual ao que está embaixo e que o microcosmo está sob as leis ou energias geradas no Macrocosmo, aqueles investigadores entraram na posse de um conhecimento transcendental, cujo objetivo foi destinado, em primeira mão, a superação das limitações impostas à condição humana, o que era ensinado dentro dos templos, sempre em caráter estritamente reservado e objetivando àqueles homens que, depois de provados efetivamente nas mais duras provas, enfrentando altaneiramente os 4 elementos da Natureza, se tornavam Senhores desses elementos dentro de si mesmos, consoante o conhecimento e domínio daquelas Leis ou Energias tão magnanimamente colocadas pelo Macrocosmo à disposição do microcosmo.
Em contrapartida, conscientes do valor e, ao mesmo tempo do perigo que esses conhecimentos representavam, se utilizados indevidamente, procuraram vedá-los a compreensão do vulgo, instituindo aquilo que conhecemos hoje sob o nome de Mistérios, festas de dupla significação que ensinava, durante uma sequencia de comemorações baseadas no Drama Solar e outros métodos velados:
- a origem das coisas materiais,
- a natureza do espírito,
- as relações deste com o corpo humano e,
- o método de sua purificação e transmutação para a vida superior,  com a ajuda das forças naturais,
isto observando o aspecto esotérico desses conhecimentos e, exotericamente:
- o relacionamento do homem e da natureza com as forças oriundas do Cosmo, proporcionando, ao homem comum, o entendimento dessas energias através de encenações festivas onde, com a utilização de máscaras características, as mesmas eram personalizadas para um culto e adoração que satisfazia plenamente àquele homem inculto.
Segundo os historiadores, nos primeiros dias da Primavera eram realizadas as Festas de Exaltação ao Sol, sempre personificado por um grande Ser, que podia ser Hórus no Egito, Dionísio ou Orfeu na Grécia, Hagal nos países nórdicos, e assim por diante.
As virtudes fecundantes desses Deuses Solares eram adoradas em seus mais íntimos aspectos, tanto nos Templos como pelo populacho, sendo que estes, naturalmente incentivados pelos sacerdotes destes cultos, chegavam a promover desfiles em carros alegóricos onde o pênis masculino aparecia como a mais alta expressão do Sol na face da Terra pendendo também como adereço no pescoço das sacerdotisas.
Cantavam sempre o poder vivificante contido nos raios solares e considerava cada semente um óvulo feminino, representação microcósmica do Planeta Terra, personificado nas figuras de Ísis, Deméter, Ceres e outros nomes de acordo com o país onde eram realizadas estas festas, quando de caráter externo, e cerimônias ou rituais, quando no interior dos templos.
Pouco antes do fim do verão no hemisfério norte, ou seja, entre 15 e 22 de setembro eram realizadas, então, as Festas e os Rituais da Colheita, sempre na mais respeitosa gratidão e com a máxima alegria. Nessa época eram oferecidas as “messis” ou primícias nos altares consagrados ao Deus Sol e se adorava a Deus-Natureza em seu aspecto materno.
Estes Rituais, que sempre eram realizados envolvendo ensinamentos de profundo esoterismo, falavam de uma vítima sacrificial expiatória (a personalidade do iniciado) e uma ressurreição, quando, então, o iniciado era admitido ao Supremo Grau de Epopta, ou seja, o que possui a Clarividência divina. Morria o homem velho e nascia o homem novo; Osíris dá lugar a Hórus, no eterno drama de Ísis.

Meus Irmãos:
Para nós, na época atual, a chegada da primavera não deve ficar restrita ao aspecto externo dos Mistérios, porquanto ela traz consigo um fator de transcendental importância para nossas vidas e para nossos propósitos. Para compreender a qualidade e a essência de suas energias, temos que nos aprofundar no estudo desses mistérios antigos, ainda incompreendidos pelos homens, porquanto encerram muito mais do que profanamente pode ser dito. 
O estudo e a meditação sobre eles poderão nos revelar uma das chaves mais importantes para a iniciação verdadeira, considerando que os corpos do homem (sua natureza) estão sujeitos a todo o processo Cósmico acima exposto e que suas energias se relacionam com aquelas manifestadas durante o Drama Solar.
Entre esses Mistérios, um dos mais ricos em simbologia é o de Dionísio. Conta, os Mistérios que levam seu nome: Dionísio foi assassinado pelos Titãs e teve o seu corpo despedaçado em 14 partes.
É interessante observar que nos Mistérios Osiríacos vemos a mesma história, com Osíris sendo assassinado por Seth que, em seguida, lhe despedaça e dispersa o cadáver em várias partes, posteriormente piedosamente procuradas e juntadas por Toth, Anúbis, seu filho Hórus e sua esposa Ísis, sendo que esta lamenta, depois da reunificação do corpo, ao constatar que lhe falta uma parte.
Mais interessante ainda é verificarmos que vamos encontrar histórias semelhantes nas várias escolas esotéricas da Antiguidade e até mesmo nos considerados Mistérios Menores, como acontece nos fundamentos maçônicos modernos, onde Salomão (Solomoc) contrata, através do Rei Hiram, a construção do templo (o corpo humano) a Hiram Abif, filho da viúva de Naim, que também é assassinado, esquartejado, tem os pedaços do corpo dispersos e depois reunificados por seus operários fiéis.
E o assunto fica mais atraente ainda quando:
a) primeiramente descobrimos que Dionísio é o Sol primordial personificado; é Fane (Phanes), o espírito da Visibilidade (da luz) material (por quem todas as coisas foram feitas); ciclope gigante que tem em si o poder produtor do mundo, o onipenetrante animismo de todas as coisas.
b) Em seguida, verificamos que este Sol primordial despedaçou-se, resultando em 14 partes que poderiam ser, cosmicamente falando:

1)     nosso Sol atual (o Hórus Osiríaco; o olho do ciclope gigante)
2)     a Lua (muitas vezes também adorada como Ísis)
3)     Vulcano (planeta descoberto por Heschel em 1786 e que depois desapareceu)
4)     Mercúrio
5)     Vênus
6)     Terra
7)     Marte
8)   Planeta que existia na zona de asteroides que explodiu (Viela) - não será ele a parte do corpo de Osíris que não foi encontrada? No mistério cristão é representado por Judas Iscariotes, que se suicida.
9)     Júpiter
10)  Saturno
11)  Urano
12)  Netuno
13)  Plutão
14)  o planeta X – (Vesta)

Ou seja, 14 partes de um todo que representa o nosso sistema solar.

c) Sabemos também que os 7 corpos do homem (+) somados aos 7 corpos da mulher (-) formam um ser perfeito, ou seja, um Dionísio.







Também os 4 evangelhos do Cristianismo se relaciona com estas verdades. A própria + (cruz) é o símbolo das 4 estações sobre o globo terrestre.
Nela se realiza o drama solar e a Primavera é representada pela cena de Anunciação, na qual o Arcanjo Gabriel comunica a Virgem Maria (A Natureza Cósmica) de que já estava fecundada por obra e graça do Espírito Santo (a energia Cristônica criadora, contida no Sol, que se materializa como Prâna, o Sêmen Divino). Maria é a mesma Mulaprakriti dos vedantinos, a matéria primordial, o aspecto feminino do Absoluto manifestado, o ovo Pascal que possui a latência de todos os elementos constitutivos do Cosmo, adquiridos em cada Pralaya (obscurecimento da vida, inverno), ou do Planeta Terra, nos períodos de duração de cada inverno.
Contudo, para expressar a vida (o Cristo), O Caos necessita de fecundação, o que ocorre durante os períodos de Pralaya (inverno) ou períodos de repouso da criação, quando a parte feminina e a parte masculina do Absoluto se integram no Imanifestado, ou seja, o positivo e o negativo se juntam e formam o zero Potencial, ou Ovo Divino, ou de fecundação do Logos, se nos referimos ao nosso sistema Solar, relacionando-o com a Terra, o que acontece no período do inverno (período semelhante a um Pralaya) quando ocorre como que uma parada, uma anulação do existente anterior, e a própria Terra se recolhe, ciosa, do que está acontecendo dentro de si, para depois explodir em vida, na Primavera.
É durante o Inverno que se realiza todo o processo da gestação (assimilação do antigo para um novo renascimento), até que, na Primavera, nasce a Crianca-Sol, o Cristo, que nos seus primeiros dias de vida ainda sofre as incertezas dos ventos e do frio do Inverno (que também significa a Morte) que teima muitas vezes em continuar seu domínio; por isso a criança necessita se refugiar no Egito (onde existe calor=Verão) para crescer forte e saudável.
E é no Verão que a criança-Sol adquire força e poder e trabalha com o Pai produzindo bens materiais, ou seja, traz a vida o produto de sua ação, sazonando com suas próprias energias, os grãos que alimentam o corpo para, posteriormente, no Outono, já com a obra acabada (época de Colheita) alimentar seus filhos (Egos-Divinos no coração dos homens) com seu corpo (Pão=matéria) e com seu sangue (Vinho=espírito), fruto final de seu labor, deixando-se imolar (novamente) na Cruz (as linhas horizontal e vertical da divisão do Globo terrestre em 4 estações) para que sua vida salve outras vidas (sua morte no final do outono, para renascer de novo (ressurgir dentre os mortos) não nos abandonando até a consumação dos séculos (novo Pralaya = fim desta onda evolutiva) conforme prometera, acenando-nos com a Esperança de que das Trevas nasce a Luz (um novo Manvantara = início de nova onda de vida).
Porém poderíamos, em conjunto, perguntar: qual o valor da Primavera para nós, seres humanos, dentro do contexto do que foi até agora apresentado?
Poderíamos responder, com toda segurança, que tudo isto tem grande importância para todos aqueles que buscam a verdadeira iniciação.
Santo Agostinho ao proferir as palavras “Omnia sunt per allegoriam dicta” revelou a maneira de girar a chave na fechadura para os verdadeiros aspirantes da Sabedoria Espiritual.
No hemisfério Sul, a entrada do Sol no signo de Libra traz-nos a Primavera e favorece as seguintes influências, características de Libra:
1) INTUIÇÃO ESPIRITUAL (Clarividência - raciocínio rápido - decisão - boa disposição para a realização)
2) FRATERNIDADE (Humildade - Amabilidade - Boa Vontade)
3) EQUILÍBRIO (Harmonia Perfeita entre os opostos)

Como sabemos, no hemisfério Norte, a Primavera ocorre com a entrada do Sol em Áries, signo oposto de Libra e traz as seguintes influências, características de Áries:
1) INTUIÇÃO OBJETIVA (que leva ao raciocínio penetrante e à memória matemática)
2) FRATERNIDADE (generosidade; hospitalidade)
3) ALTIVEZ (Independência, Vontade Determinada - Domínio)
Pergunto:
Para a realização espiritual que a Primavera oferece, será que Libra não oferece condições semelhantes ou até mesmo superiores às de Áries?
Deixo a resposta para a meditação de cada um de vocês.

Meus Irmãos!
Sabendo que o Sol da Primavera é o ressuscitador (o que traz a vida, o que faz desabrochar as flores (e as rosas são flores) da Natureza, que também pode ser a nossa, porque não aproveitar suas bênçãos para também eternizar-nos nossa vida)?
Os ocultistas hinduístas costumam falar, sem entrar em pormenores, do dia e da noite dos Devas.
A título de compensação pela paciência que nos concederam, vou ajudar a levantar um pouco a ponta do véu.
Companheiros! O dia dos Devas é o período compreendido entre o início da Primavera e o fim do verão ou exatamente o mesmo período cultuado e cultivado em todos os Mistérios conhecidos.
Sabendo que tudo o que ocorre na Natureza externa é expressão de energias que também atuam em nossa natureza interna, fica fácil depreender que nada mais pode ser dito.

Rio de Janeiro 16 de abril de 2000.
Panyatara


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