INSTRUÇÕES PARA DESPERTAR A INTUIÇÃO
A intuição pode e deve
ser desenvolvida de muitas e diversas maneira e, uma das mais uteis e efetivas
formas é o estudo e a interpretação dos símbolos.
Símbolo é uma figura
gráfica que representa abreviadamente uma ideia consciente que encerra uma
ideia inconsciente. Os
símbolos constituem a forma externa e visível das realidades espirituais
internas e quando o estudante obtém a facilidade de descobrir a realidade que
se acha em qualquer forma específica, significa que começou a despertar a
intuição e perceber além do que a mente tem possibilidades de apresentar à sua
consciência espiritual.
A simbologia é uma forma
de linguagem, trazida pelos seres da evolução dévica ou Angélica, com a
finalidade de permitir ao homem alcançar, através de “insights”, a compreensão
de certas verdades que ultrapassam os meios do entendimento comum. Tem
servido também para a preservação de informações que não devem ser escritas nem
faladas, mas que precisam ultrapassar os séculos e as culturas.
O estudo dos símbolos é
fundamental para se conquistar a intuição e quando é realizado com fé e
constância, concede, ao buscador, o seguinte:
a) Desenvolve o poder de
penetrar por trás da forma e chegar à realidade subjetiva apresentada pela
mesma.
b) Produz uma estreita
integração entre alma-mente-cérebro que, uma vez conseguida permite que a
intuição ocorra com mais frequência, portanto concedendo iluminação e a aproximação
da verdade.
c) Exerce pressão sobre
certas zonas adormecidas do cérebro, ativando as células cerebrais, sendo esta
a primeira etapa na experiência do estudante. Esta etapa desperta, na maioria
dos estudantes, o centro entre as sobrancelhas, enquanto que o chacra no topo
da cabeça vibra de forma muito suave, porém sem entrar em completo
funcionamento.
Quando busque
desenvolver a intuição é extremamente importante que o estudante, em suas
práticas, mantenha ante si e como meta principal, o propósito de chegar ao
conceito subjacente em qualquer símbolo que estude. Dito conceito sempre deve
ser sintético, não podendo ser detalhado nem desmembrado, embora talvez possa
se chegar a ele pelo estudo dos detalhes e o significado de algumas partes ou frações
do símbolo em consideração. Contudo, quando finalizar a análise não deve
sentir-se satisfeito até haver resumido o significado do símbolo numa ideia,
conceito, significado ou nome sintético.
Os símbolos devem ser
estudados de três maneiras:
1ª.) Exotericamente - Isto envolve o estudo de sua
forma, suas linhas, seu significado numérico, seus valores e, também, suas
formas secionais, ou seja, suas modificações, como, por exemplo, cubos,
triângulos, estrelas e sua mútua inter-relação.
2ª.) Conceitualmente - O objetivo é chegar à ideia
subjacente que pode estar expressa no nome do símbolo ou em seu significado
total ou parcial. Esta ideia deve surgir na consciência do estudante através da
meditação. Enquanto realiza esta prática o estudante deve recordar que a ideia
implica na intenção abstrata ou superior do símbolo; que o significado dele é
essa intenção expressa em termos de mente concreta; que seu significado é mais
próximo da qualidade emotiva e pode se dizer que constitui o tipo de desejos
que desperta no estudante.
3ª.) Esotericamente – Implica o efeito que produz a força
ou energia e a qualidade de vibração que poderia despertar em algum dos
chacras, talvez no corpo astral ou somente na mente.
Quando este estudo é
empreendido corretamente, conduz inexoravelmente ao desenvolvimento da intuição
e sua conseguinte manifestação no plano físico como iluminação, compreensão e
amor.
Em primeiro lugar o
objetivo do estudo do simbolismo é capacitar o estudante para sentir sua
qualidade e fazer contato com esse algo vibrante que se acha por trás desse
conjunto de linhas, cor e forma, do qual o símbolo está composto.
Para algumas pessoas
este estudo resulta relativamente fácil, porém não para a maioria, o que indica
a ausência de algo que deve ser conquistado pela Alma, empregando faculdades
que, na atualidade, estão adormecidas. Sempre é desagradável despertar qualquer
faculdade latente e isto requer grande esforço e determinação para que o
estudante não seja desviado pelas reações naturais de sua personalidade, sempre
acomodada ao seu estado atual, não achando necessário fazer esforços por algo
que não conhece bem e, às vezes, não vê sua utilidade dentro do processo de
vida normal.
Muitos estudantes
consideram difícil compreender em que forma o desentranhamento do significado
de um símbolo pode proporcionar o meio adequado para colocar em atividade
funcional as adormecidas faculdades búdicas ou intuitivas, entretanto, a
leitura de símbolos ou “leitura espiritual” já era considerada por Patanjali uma arte difícil, mas
necessária.
O poder para interpretar
símbolos sempre precede à verdadeira revelação. Captar a verdade representada
por uma linha ou uma série de linhas que compõem uma forma simbólica não é tudo
o que se tem de fazer. Uma boa memória pode lembrar que uma série de linhas,
formando um triângulo ou uma série de triângulos significa a Trindade ou
qualquer série de triplicidades dentro da manifestação macro ou
microcósmica.
Porém essa atividade e
exatidão da memória de nada servirão para despertar as células cerebrais
adormecidas ou para ativar a intuição. O estudante deve recordar (e aqui se faz
evidente o valor de certo conhecimento de ocultismo acadêmico ou técnico) que o
plano onde se manifesta a intuição e se acha ativa a consciência intuitiva é o
plano búdico ou intuitivo. Dito plano é a analogia superior do astral ou
emocional, o plano da percepção sensória através de uma sentida identificação
com o objeto da atenção ou atração.
É evidente, portanto que
quando se deseja ativar a faculdade intuitiva pelo estudo de símbolos, o
estudante deve sentir ou estar, em certa forma, identificado com a
natureza qualitativa do símbolo e com a natureza dessa realidade que a forma
simbólica oculta. Deve, portanto, procurar estudar esse aspecto da leitura de
símbolos.
O estudante deveria
investigar, por conseguinte, depois de ter estudado devidamente o aspecto forma
produzido pelo símbolo, que tipo de sentimento evoca em si, que aspirações
desperta e que sonhos, ilusões e reações registra conscientemente. Esta é a
etapa intermediária entre a leitura exotérica do símbolo e a compreensão
conceitual. Depois existe outra etapa posterior, intermediária entre a
compreensão conceitual e a captação e aplicação esotérica, a qual se denomina
“reconhecimento sintético”.
Tendo estudado a forma e
percebido seu significado emotivo, deve passar para a etapa em que é captada a
ideia básica do símbolo e, dali para a compreensão sintética de seu propósito.
Isto conduz ao verdadeiro esoterismo, que é a aplicação prática de seu
sintético poder vital às origens da vida e da ação individual.
É importante que o
estudante compreenda que, apesar de nossa linguagem parecer rebuscada e de
difícil compreensão, basta que se decida realmente “a buscar com sinceridade”
desenvolver esta aptidão de sua mente, que sua Alma, onde realmente está a
compreensão sintética dos símbolos, lhe proporcionará esta abertura conceitual
da mente para que chegue à compreensão intuitiva das mensagens contidas nos
mesmos.
Continuando, é
importante que o símbolo não somente seja interpretado de forma inteligente,
mas, também, seja reconhecida sua reação mais sutil sobre o estudante e, por
conseguinte, sua sensibilidade sensória para com o símbolo. O principiante
deve, por uma questão de disciplina, primeiramente começar estudando alguns
símbolos por ano, encarando-os desde seu aspecto forma, procurando se
familiarizar com seu aspecto externo, linhas, triângulos, quadrados, círculos,
cruzes e outras formas que possam compô-lo, esforçando-se por compreendê-lo
intelectualmente, para isto empregando a memória e o conhecimento possuído para
interpretá-lo exotericamente, entretanto sem a preocupação de entendê-lo em
todo o seu significado, pois isto acontecerá paulatinamente, mas de forma
inexorável.
Enquanto se familiariza
com o símbolo e, sem esforço, deve sempre lembrá-lo, procurando perceber sua
qualidade, fazer contato com sua vibração e observar o efeito emocional que o
mesmo produz. Isto pode variar cada dia ou permanecer invariável. Observe sua
reação pessoal para o símbolo e procure perceber para onde estas vibrações o
conduzem, lembrando sempre que
elas não provêm da intuição, mas
que são reações do corpo sensório ou astral.
Finalmente, deve tomar
nota do que vai se constituindo para ele a qualidade básica do símbolo; depois
(da mesma forma que na meditação) deve elevar o tema ao reino da mente,
concentrando-se no mesmo com a mente atenta e enfocada. Isto objetiva levar o
estudante ao reino dos conceitos.
O estudo dos símbolos
envolve três etapas:
1º - Investigação do
símbolo e o conseguinte progresso daquele que analisa, de uma etapa de
percepção a outra, até incluir gradualmente todo o campo que abarca o símbolo.
2º - Percepção intuitiva
dos símbolos que se observam em todas as partes na divina manifestação. A
compreensão do aluno faz com que ele veja além do que está à sua frente, seja
em trechos de escrita comum, em parábolas e símbolos consagrados.
3º - O uso de símbolos
no plano físico e sua correta adaptação ao propósito, visto e reconhecido,
conduz conseguintemente a magnetizar o símbolo com a qualidade necessária, por
meio da qual a ideia pode fazer sentir sua presença, a fim de que a ideia
intuída e qualificada encontre uma forma correta no plano físico.
Geralmente o estudante
quer participar dos poderes do espírito, mas não se dá conta da necessidade de
estudar, interpretar e penetrar até o significado mais recôndito do que se lhe
depara na vida e que isto é que acrescenta progresso espiritual. Cabem aqui
algumas perguntas: O que existe no mundo objetivo que não seja um símbolo
adequado de uma ideia divina? O que possuímos, em nossa manifestação externa,
que não seja o sinal visível do plano da Divindade criadora para cada um de
nós? O que somos senão a expressão externa de uma ideia divina?
Devemos aprender a ver
os símbolos em nosso entorno e depois penetrar em sua compreensão até chegar a
ideia que ele deve expressar. O assunto é longo e somente será compreendido
quando o estudante começar a se tornar verdadeiramente intuitivo, pois começará
a “ver” não mais somente com a mente, mas com o coração.
É importantíssimo que o
estudante compreenda que, embora a intuição seja um dos cinco estágios da mente
capaz de ser compreendido pelo ser humano (físico, astral, mental, intuicional
ou búdico e akáshico), nosso atual estado de evolução se realiza num universo
de característica puramente mental (BRAHMA É MENTE), daí que a intuição somente
poderá ser percebida através de insights mentais, embora ainda esteja sob a
avaliação da mente lógica, restritiva e formal em sua dicotomia consciencial e
sujeita também ao conhecido “efeito einstellung”, ou seja, de somente
aceitar conceitos já conhecidos e estabelecidos como “verdades”, embora de
caráter pessoal.
Para ajudar na
preparação daqueles que aspiram ardentemente “fugir” do efeito acima mencionado
e entesourar uma nova forma de perceber as verdades que estão introduzidas nos
símbolos e não percebidas pela mente racional, por causa do tal efeito “einstellung”
(aceitar as coisas dentro do que a mente já estabeleceu, sem compreender que
existe uma verdade para cada nível consciencial existente dentro dos vários
planos da criação!).
Estampamos, em seguida,
algumas frases existentes em livros religiosos que dizem muito mais do que a
primeira leitura pode trazer, como procuramos explicar sucintamente e, também,
alguns símbolos em forma de imagens que podem facilmente provocar insights à mente aberta, com suas explicações
mais sutis, porém mais próximas da mensagem real que o estudante deve acessar,
a fim de incentivar a compreensão das milhares de frases existentes na Bíblia,
no Evangelho, no Bhagavad Gita, no Alcorão e nos livros de alquimia em
geral:
Palavras e frases
simbólicas:
Gólgota = Caveira, Crâneo, onde, simbolicamente, a
Vida (Cristo = “O EU SOU o caminho,
a verdade e a Vida”, “O EU SOU é o Pão (alimento) da Vida”) é crucificada.
É importante notar que O EU SOU é o Ser Interno e é ELE QUEM É CRUCIFICADO NA
CRUZ (corpo) HUMANA.
Arca de Noé = O corpo humano do homem atual. Antes, a forma do que hoje é o
ser humano era bastante animal, em seus apetites e capacidade de utilizar a
mente.
Cruz = O corpo humano, o Chacra raiz ou básico.
Rio Jordão = Medula Espinhal.
Krisna = O Condutor da carruagem de Arjuna no
Bhagavad Gita = O Cristo Interno encarnado, O Íntimo, A carruagem é o corpo
humano e Arjuna a personalidade.
Estatura de Cristo = As 33 vértebras da Coluna Vertebral.
Nazareth = Significa "Aquele que se
consagra". Jesus de Nazareth = Jesus, o que se consagrou. (Uma das
centenas de erros históricos da bíblia é a referência de uma cidade na Galiléia
com o nome de NAZARÉ. Esta cidade não existia no tempo de Jesus. No Velho
Testamento também não há nenhuma referência sobre, nem mapa. O nome mais
parecido de uma cidade era EN-NASIRA, descoberta no século III e que foi
REBATIZADA como NAZARÉ. Mesmo assim era apenas um lugarejo e sem sinagoga ou
edificação onde Cristo poderia pregar à multidão).
São Jorge = O Cavalo Branco SIMBOLIZA o corpo purificado do Iniciado, Sua armadura é o símbolo do Corpo Causal, ou Moradia do Eu Superior (Alma ou Átomo Nous). A lança é o coluna vertebral com seus centros de força desenvolvidos, o Dragão é o Inimigo Secreto, última luta que o Iniciado trava para vencer a Batalha de Kurukshetra dentro de si mesmo; o penacho vermelho em seu elmo e a capa vermelha é sinal de que despertou o Fogo Solar (Kundalini); a gruta ao lado ...
Olhando-se
a cabeça do Baphomet, descobre-se que Eliphas Levi utilizou as 4 vértebras
soldadas da coluna vertebral (cóccix) para desenhá-la, porém acrescentando-lhe
o jorro do fogo serpentino (kundalini) saindo da parte superior dessas
vértebras e outros símbolos que estão encobertos nesta gravura.
Três
figuras alquímicas com um homem e uma mulher unidos aparentemente na região
sexual. Geralmente estas figuras são interpretadas como tendo por base a cópula
para fazer com que a Energia Solar (Kundalini) suba para os centros superiores.
A verdadeira intuição nos dá a compreensão correta. Tente descobri-la!
Já estamos vivendo na
Era de Aquário anunciada simbolicamente(*) há 2.000 anos atrás no Evangelho de
Lucas (cap. 22-versc. 7:13) com as seguintes palavras:
“Chegou o dia dos
pães asmos em que importava comemorar a páscoa... Então lhes explicou Jesus: Ao
entrardes na cidade encontrareis um homem com um cântaro de água: segui-o até à
casa que ele entrar, e dizei ao dono da casa: O Mestre manda perguntar-te: Onde
é o aposento no qual hei de comer a páscoa com os meus discípulos?
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