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Um pouco sobre o Blog ...

Este Blog abrange todo o nosso aprendizado nestes 54 anos de estudos onde percorremos as escolas compreendidas pelo espiritismo, cristianismo, teosofia, budismo, zen-budismo, hinduísmo, rosa-crucianismo e gnose, não descurando da astrologia, astronomia e todas as ciências físicas com suas derivações.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Limitações e Expansão da Consciência

COMO NASCE UM PARADIGMA DE CONDUTA

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água gelada, nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros  enchiam-no de pancada.
Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.  Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. 
A primeira coisa que ele fez, ao ver as bananas, foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram bastante. Depois de algumas surras, o novo  integrante do grupo passou a não subir mais a escada. Um segundo foi substituído, e  o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, inclusive com entusiasmo,  na surra ao novato.  Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato.  Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. 
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse  chegar às bananas. 
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui... não sabemos por que mudar". Ou seja, um hábito de conduta tinha sido criado, estava sendo seguido e ninguém sabia a razão correta para isso.

Albert Einstein dizia sempre do alto de sua experiência:
“É MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ÁTOMO DO QUE UM PRECONCEITO”
Isto acontece porque, enquanto se processa nossa jornada evolutiva pela face da Terra, tomamos uma série de "banhos gelados" e passamos a acreditar que aquilo que nos está sendo imposto pelas vicissitudes da vida é a realidade da própria vida, ou seja, a vida é assim e, assim, temos de aguentá-la conforme ela se apresenta, mas ninguém conhece a razão básica para isso. Similarmente, ocorrem situações que nos fazem aceitar como verdade uma série de contingências que envolvem o nosso viver aqui na Terra e nisto esta incluída a educação que recebemos de nossos pais, o nosso aprendizado escolar, os limites estabelecidos pela sociedade e até mesmo o que nos é dado pelas religiões e os diversos veículos de informação. A humanidade, ou seja, nós nos acomodamos de tal forma com essa situação que podem surgir mil ensinamentos esclarecendo essa ou aquela "mentira" ou ainda denunciando esse ou aquele preconceito que não os aceitamos, pois, de certa forma, todos nós, sem exceção, adquirimos um medo atávico da verdade.
Parodiando de certa forma a historinha acima, podemos dizer que fomos colocados numa “jaula” e quando buscamos a verdade, ou seja, as nossas “bananas”, ou ainda, aquilo que pode alimentar verdadeiramente nossas Almas, sofremos a injunção de intensos “banhos gelados” que os “donos da verdade” (o sistema educacional, religioso e científico existente) nos impingem, e isso acontece de tal forma castrante que acabamos por “aceitar” o sistema existente, ou seja, concordamos que não devemos buscar a verdade ou até mesmo que ela não existe, pois, se a buscarmos, muito sofreremos e até mesmo faremos os outros sofrerem por isso; o resultado é que todos nos sentimos bem com as mentiras em que se baseia nosso modo de viver na face da Terra e “vamos levando”, como se diz na gíria e, se alguém nos diz por que não fazemos um esforço maior para romper com o “status” existente, como os macacos vamos sacudir os ombros e dizer “...as coisas sempre foram assim, por que mudar?
A grande verdade é que se considerarmos todos os preconceitos de que está formada a nossa personalidade, poderíamos dizer, com segurança, que nos falta coragem e determinação para apanhar as “bananas” que estão encima da escada, principalmente porque consideramos as possibilidades de ter de enfrentar todas as “reprovações” ou "banhos frios" que naturalmente o sistema em que vivemos nos faria sofrer. Em nosso caso, as bananas representariam a Verdade e estamos tão envolvidos em preconceitos e mentiras que passamos a concordar piamente com Einstein, ou seja, é mais fácil desintegrar um átomo do que os preconceitos em que vivemos.
Entretanto, os "banhos gelados" que levamos nada mais são que as provas que temos de vencer e os preconceitos que devemos quebrar para conquistarmos a libertação de nossa consciência para a Luz Inefável, durante nossa evolução na face da Terra. A coragem para suportá-los e persistir em busca da verdade é que nos emancipará definitivamente daquilo que nos foi imposto pelas religiões, pela sociedade e até mesmo pelas informações capciosas que ajudaram a formar nossa personalidade e sua “CULTURA FALSA”, esta, na verdade, a âncora que nos prende na face da Terra.
Por que estou dizendo essas coisas? Respondo: acaso, todos os aqui estão presentes não estão convictos de suas realidades pessoais e da fé que os norteia na vida?
Não, não tenho dúvidas que isso seja assim, mas posso perguntar:
— o caminho escolhido por todos tem ampliado construtivamente os horizontes espirituais de cada um de meus queridos irmãos?  
— A fé que estão vivenciando está assentada em verdades espirituais ou nas mentiras e preconceitos acima mencionados?
Não podem responder? Não sabem?
Também não tenho dúvidas que seja assim, porquanto todos os que aqui se acham estão sempre aguardando os favores da Divindade como se fossem indigentes (o que é uma mentira, porque são filhos de “Deus”!) e somente não persistem no propósito de chegar ao cacho de bananas, que poderia nos alimentar por toda a eternidade, ou seja,
– chegar à conquista da Verdade Integral;
– ampliar em bases sólidas de sua consciência;
– destruir as amarras de sua acomodação nos conceitos errôneos da Divindade;
– compreender que todos podem assumir a condição de Filhos Pródigos e participarmos definitivamente do Banquete de Nosso Pai que está nos céus.
...porque não temos consciência de nossa Realidade Espiritual, embotada pelos milhares de hábitos e vícios contraídos em nossa jornada para a Luz, principalmente por aqueles que nos foram impostos pelo sistema que diz: Isso é teu carma; você não conseguirá esquecer teus defeitos! Você precisa ser mais disciplinado! Por que tentar conseguir algo que só os santos conseguiram?
Por outro lado, é muito comum ouvirmos das pessoas que aspiram sinceramente uma melhoria em seus padrões vibratórios frases como estas:
a) ...isto tudo é muito bonito, mas é muito difícil vencer meus defeitos;
b) ...eu gostaria sinceramente de me melhorar, mas é tão difícil vencer minhas viciações:
c) ...eu tenho muitos erros para merecer isto;
d) ...por mais que eu me esforce, não consigo vencer este vício;
e) ...se tem algo que não consigo fazer é meditar; não sei porque, mas não consigo;
f) ...minhas lembranças do passado sempre me envergonham;
g) ...meu carma é muito grande. Tenho de ir aos poucos;
h) ...para mim é muito difícil entender estas coisas;

Tudo isso é literalmente e espiritualmente falso.
Por que, então, isso acontece dessa forma?
Por causa dos hábitos adquiridos, que paulatinamente, vão consumindo nossa percepção da realidade e acabam embotando nossos sentidos, impedindo-os de perceberem aquilo que a Alma busca. Explicando melhor: Já repararam como os hábitos que adquirimos nos impedem a visão correta, o paladar natural, a audição mais sutil, os perfumes mais deliciosos e até mesmo o toque mais delicado? É verdade...! E podemos exemplificar isso assim: Uma pessoa que se habitua a ver as coisas sem lhes prestar atenção, acaba não percebendo a maioria dos detalhes daquilo que vê e não tem a mínima possibilidade de realizar o desenvolvimento de sua Alma pela percepção da beleza que existe na natureza. Alguém que se acostume aos sabores fortes da bebida alcoólica e das comidas picantes perde completamente a consciência dos sabores mais delicados e sutis que engalanam nossa sensibilidade com os manjares mais deliciosos e as bebidas mais capitosas; por exemplo, o hábito da bebida e comida carnívora produz um sono pesado e entorpecedor, enquanto os sucos e os manjares mais leves nos tornam mais espertos e dispostos a uma participação mais intensa da vida. Já repararam que o fumante de cigarros ou charutos não percebe os fedores que exalam de si e muito menos os aromas mais sutis de uma flor ou de um incenso? E aqueles que se habituam aos sons grosseiros acabam perdendo a própria audição, pois o que está sujeito ao malho de um ferro estridente, dificilmente perceberá a beleza do canto de um pássaro. Da mesma forma, o que está acostumada a crestar sua pele ao sol ou não aprendeu a acariciar, desenvolve contatos sempre desagradáveis por não saber apreciar o contato aveludado de uma epiderme ou de um corpo melhor estruturado.
Isso aconteceu conosco em relação à nossa percepção do espiritual, do Divino. Adquirimos, inconscientemente, o hábito de nos identificarmos com as mentiras que nos veem sendo impingidas pelo sistema educacional e social em que vivemos que não sentimos a mínima necessidade ou mesmo condições de buscar a Verdade. Está tudo bem para todo mundo, menos para aqueles que aspiram sinceramente e é para estes que falo neste instante.
Meus irmãos, “tudo podemos N’Aquele que nos fortalece; o ser humano não vem à Terra para pagar carma, mas sim, para aperfeiçoar-se. Não existe um Deus que castiga ou cobra de suas criaturas aquilo que ele sabe que elas não podem dar. Nossos erros e mazelas denotam apenas que a Alma busca, às vezes, muitas coisas para as quais ela ainda não está preparada e aparentemente fracassa; digo aparentemente, porque valeu a experiência, que ficará incrustada em sua consciência por toda a eternidade. A única coisa que nos impede a mais tempo de participar do Divino foram as constantes informações errôneas que vimos recebendo, desde as muitas encarnações passadas sobre a Divindade e sobre nossa verdadeira essência espiritual, ou seja, mentiras baseadas em preconceitos, em erros, na ignorância, na cupidez e no egoísmo daqueles que se dizem de posse da verdade e jamais a conheceram e, por isso, a dizem inacessível.
Dizer que eu não mereço, quando se trata da remissão de nossos pecados é um hábito adquirido baseado numa mentira que nos foi imposta;
Dizer “tenho muitos erros para merecer as bênçãos do Senhor”, também é outro hábito baseado em mentiras provindo do desconhecimento da Misericórdia e amor Divino.
Da mesma forma dizer que “por mais que eu me esforce, não consigo vencer este vício” é outro hábito que desenvolvemos por falta de fé e desconhecimento da força que existe dentro de nós; simples acomodação por ter medo de enfrentar a ducha de água gelada existente em nosso inconsciente, produzidas pelas mentiras a que nos habituamos.
Dizer que “se tem algo que não consigo fazer é meditar” é confessar sua ignorância em seu poder de se entregar totalmente a seu Deus Interno, que nos espera ansiosamente para comungar conosco.
Dizer que “minhas lembranças do passado sempre me envergonham” é não compreender que são essas lembranças que na verdade ornam de Luz o semblante de nossas Almas com o diadema da Sabedoria
Dizer que “meu carma é muito grande. Tenho de ir aos poucos” é desconhecer totalmente a essência amorosa do próprio Universo onde Deus é Absoluto em sua Misericórdia.
Meus irmãos, está na hora de abandonarmos o que é falso e errôneo em relação à Divindade.
Está na hora de abandonarmos, ou melhor, destruirmos os preconceitos que vimos formando, jornadas após jornadas na face da Terra, porque os tempos são outros e agora urge nossa integração na VERDADE QUE ESTÁ DENTRO DE NÓS.
Precisamos abandonar as mentiras e preconceitos a que nos habituamos e nos ancoram neste mundo de lágrimas e sofrimentos. Precisamos acabar com as limitações que nos impomos e expandir nossa consciência para que possamos nos irmanar com as mais altas expressões da vida que nos circundam. Somente assim iremos ao encontro da Verdadeira Divindade no homem, que mora em nosso coração e que possui o condão de nos libertar das mentiras e preconceitos adquiridos, que fazem parte dessa personalidade negativa que vaidosamente ostentamos e que, na verdade, é a algema que nos prende à face da Terra. É esta situação que impede a livre manifestação de nossa Alma para a Luz e para a Vida Real.
Encerrando esta prédica, deixo as seguintes palavras: VAMOS APANHAR NOSSAS BANANAS, mesmo que para isso soframos pancadas daqueles que estão acomodados e nos agridem sem saber por que o estão fazendo.
O Reino dos Céus é daqueles que o arrebatam; vamos arrebatá-lo, quebrando as algemas que nos prendem a este mundo de dor e sofrimento. Vamos nos munir da coragem suficiente para nos libertar dos conceitos errôneos impostos à nossa educação. Vamos estudar, meditar e alicerçar em nossas mentes uma CULTURA VERDADEIRA, CONSCIENTE DE QUE SOMOS FILHOS DE DEUS, PERFEITOS EM NOSSA ORIGEM E ESSÊNCIA, E, POR CAUSA DISSO, NASCIDOS PARA A FELICIDADE, O BELO E O BEM.
O Cristo vivo em nossos corações clama pela atenção pura de nossa mente para que ELE nos integre em seu propósito, Há tantas coisas que ELE quer nos oferecer por direito de nossa cidadania universal e, entretanto, insistentemente continuamos negando nossa percepção ao seu amor, por causa de conceitos e preconceitos falsos. Cremos mais no que os homens dizem e jamais buscamos a verdade encontrada na voz pura e silenciosa que podemos ouvir no silêncio de nossas Almas. Acordemos nossa humanidade Divina e procuremos insistentemente a Verdade; somente ela nos libertará.
Eliminemos os hábitos errôneos e saboreemos nossa existência em seu paladar Divino.

Panyatara
Prédica da Missa do dia 12/12/2004
Fraternidade Rosa-Cruz Antiga

Não é a luta contra o mal que existe em nós que nos torna vitoriosos, mas
a aquisição de valores que nos exaltem perante nossa própria Alma.

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