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Um pouco sobre o Blog ...

Este Blog abrange todo o nosso aprendizado nestes 54 anos de estudos onde percorremos as escolas compreendidas pelo espiritismo, cristianismo, teosofia, budismo, zen-budismo, hinduísmo, rosa-crucianismo e gnose, não descurando da astrologia, astronomia e todas as ciências físicas com suas derivações.

domingo, 27 de março de 2016

Significado Esotérico - PÁSCOA

O termo PÁSCOA provém do hebreu PESAG (Pessach), que quer dizer: trânsito, passagem, etc. No inglês, é equivalente a EASTER, cujo, por sua vez, provém de OSTARA, a deusa escandinava da Primavera. Era o símbolo da Ressurreição de toda a Natureza. Por isso mesmo, adorada no começo da estação florida.

Era costume entre os antigos escandinavos, na referida época ano, permutar “Ovos de cor”, chamados “Ovos de Ostara”, que acabaram sendo os atuais “Ovos de Páscoa”.
Segundo está expresso na obra “Asgard e os Deuses” (melhor dito, a Agarta, Asgardi, etc. Terra dos Deuses), “o Cristianismo deu outro sentido a esse antigo costume, relacionando-o com a festa da “Ressurreição do Salvador”, o qual, como a vida latente no ovo, “dormiu três dias no sepulcro”, antes que despertasse à nova vida.
Tal fato era muito natural, porquanto, Cristo é um termo que se acha identificado com aquele mesmo Sol da Primavera, que desperta em toda a sua glória, depois da lúgubre e prolongada morte do inverno. Ademais, seu número cabalístico sendo 608 faz lembrar o de um ciclo solar.
Esta mesma ideia, embora que, ligeiramente velada (com seu Véu ou Maia), a expõe Goethe, na belíssima e pitoresca cena do Domingo de Páscoa, na primeira parte do Fausto.
Uma das provas mais visíveis da íntima relação existente entre o Cristianismo e o Culto do Sol e da Lua – como no Egito, o de Osíris e Ísis – é aquela de haver fixado a Igreja Romana a festa da Páscoa da Ressurreição no Domingo (como se sabe, “Dia do Sol”), que segue imediatamente ao décimo quarto dia da Lua de Março. “Por sua vez, os cristãos do Oriente celebravam a referida festa no décimo quarto dia da Lua”, ou seja, o que segue ao equinócio de primavera, pouco importando o dia da semana em que caísse. Daí, o nome que se lhe deu de “quarto-decimans”. Por outro lado, vemos uma nova relação entre a festa pascoal e a vida da Natureza, na significativa distinção entre a Páscoa da Ressurreição ou a florida – assim chamada por ter lugar na época do florescer das plantas, e a Páscoa de Pentecostes, designada vulgarmente em Catalunha, pelo nome de Granada, a qual é celebrada sete semanas mais tarde, ou seja, no tempo em que começa a colheita dos frutos da terra, e quando, nas Escrituras é designado pelo nome de “Festa das Primícias”, que celebravam com grande solenidade, os Judeus, cinquenta dias depois, também, da primeira Páscoa. Quanto ao termo Ressurreição, nossa Obra, por sua vez, o assinala em diversas das suas Efemérides, mas que, infelizmente, não podem ser trazidas para o mundo profano.
Pentecostes (do hebreu) quer dizer: Quinquagésima. É a festa que celebra a Igreja Romana, cinquenta dias depois da Páscoa da Ressurreição porque, no referido dia – segundo se lê em Atos (Feitos) cap. II, “o Espírito Santo desceu, em forma de línguas de Fogo sobre os Apóstolos, que logo começaram a falar diversas línguas", ou seja, o mesmo fenômeno do despertar de Kundalinî, que fez do discípulo um Adepto, um Iluminado ou Homem Perfeito, justamente por ser envolvido na Mente Universal.
Já se viu a razão da escolha do Domingo para a Páscoa e, portanto, temos também o direito de lembrar uma das muitas razões de nossa Obra, florescer, na “Terra da Brasa,” (ou Brasil), melhor dito, do “Fogo Sagrado”, a 10 de Agosto de 1924, porquanto, esse espiritual florescer, teve lugar três anos antes, ou seja, a 28 de Setembro de 1921 e em plena Primavera... Nesse caso, um período de espera, sono ou Pralaya, pois que aí o que prevalece é o número e não o tempo, na razão da “vida latente num ovo ou sepulcro maior”, que é o do próprio Cosmos, justamente por obedecer à Astrologia, e tudo mais quanto dizia respeito ao Domingo ou 10 de Agosto de 1924, no ambiente, envoltório, casca terrena, etc. onde a mesma deveria firmar-se.
Por outro lado, a palavra Domingo (Domenicus) se acha estreitamente ligada à grega Demiurgo, que entre os gnósticos, é “o Criador do mundo”. Baco, o deus da Mitologia romana, e dedicado à cultura do vinho; e o mesmo Dionisios grego. Ambos, entretanto, representam duas das várias formas ou expressões que toma o “Deus Único e verdadeiro”, através das suas múltiplas manifestações ou criações no mundo terreno.
Nas escrituras ocultistas e teosóficas, o Sol Espiritual está oculto, ou por trás do pseudo-sol físico que concorre para os dias e as noites em nosso planeta e outros tantos fenômenos, conhecidos e desconhecidos da própria ciência oficial. Para alguns, isto é, os que, de fato, perscrutam os mistérios do Infinito, o Sol Espiritual a que acabamos de nos referir, por sua vez, e aquele que tem direito ao nome de MERCÚRIO. Razão pela qual, o mesmo Gautama, o Buda, respondeu a um dos seus discípulos mais avançados, quando lhe perguntou sobre “o que está acima de Brahmã?”, com esta única palavra: PARABRAHMA. E acrescentou: “E não me perguntes mais nada”.
Ora, Para, em sânscrito, quer dizer “Além” (mais adiante, acima, etc.). Por nossa vez, não podendo dizer mais nada sobre as excelsitudes de nossa Obra, a não ser o que já temos dito até hoje, inclusive neste mesmo trabalho, responderíamos a quem desejasse ir mais adiante nas suas descabidas perguntas: “Para lá, mais adiante, além Akasha... do próprio NIRVANA. Passaríamos, com certeza, por LOUCO, mas, esse termo tanto provém do Logos (ou verbo no grego), como de LOKA (sânscrito) que quer dizer “lugar”, região, etc. Nesse caso, um outro lugar ou estado de consciência no qual muitas vezes nos colocamos, principalmente quando não queremos dar respostas à perguntas dessa natureza, a quem, por sua vez, não se encontra num lugar ou estado de consciência capaz de compreender as nossas palavras... Além do mais, seria estabelecer confusão no espírito do interlocutor, qual aconteceria nas escolas primárias, se um professor quisesse ensinar altas matemáticas a alunos ainda as voltas com as “quatro primeiras operações”. O termo impúbere-psíquico – ao qual nos referimos a cada passo – responde pelo resto, isto é, “alma jovem”, pessoa não possuidora ainda de uma consciência bastante evoluída, para poder compreender assuntos que esse mesmo vulgo denomina de “transcendentes”. Donde, a necessidade da adoção das religiões para uma grande maioria da Humanidade, como já tivemos ocasião de dizer no início deste nosso humilde trabalho.
Volvendo ao termo Pentecostes, também era celebrada pelos judeus, com grande pompa, cinquenta dias depois da Páscoa do Cordeiro, em memória da Lei, ou dos mandamentos dados a Moisés no Monte Sinai, “cinquenta dias depois de ter ele deixado o Egito”. Razão porque também a denominaram de “Festa das Primícias” porque, no referido dia, os israelitas levavam ao templo as primícias dos frutos de seus campos. Tudo isso obriga-nos, também, a falar do termo Solstício, porém, desta vez, servindo-se das palavras do erudito sanscritista francês Emile Burnoff: “O culto cristão obedece à marcha do Sol a da Lua. O nascimento do Cristo coincide com o Solstício de Inverno; a Páscoa segue, de perto ao equinócio da Primavera. No Solstício de verão é celebrada a festa do Precursor (o Arauto, o Jokanan ou Yokanan, etc.), quando se acendem as “fogueiras de S. João” (na mitologia grega, também se acendem os “fachos ao deus Yaccho”). As demais festas são distribuídas, metodicamente, pelas outras partes do ano, seguindo uma ordem comparável com a das cerimônias védicas. Deve-se notar, acrescenta o referido autor, que o Solstício de inverno ocorre quatro dias antes da Natividade, e o do verão, quatro dias antes da Festa de S. João. O dia da Páscoa é regulado pelo equinócio, embora tenha lugar em um Domingo, ou seja, o que segue ao plenilúnio, depois do equinócio da Primavera. Pelo que se vê, pouco importando os nomes dos santos, seja do que for, tais festas são antiquíssimas, pois que sempre coincidiram com os solstícios.
Sendo de cinquenta segundos por ano a precessão dos equinócios, acontece que, quatro dias correspondem, aproximadamente, a 7 mil anos. Porém os quatro dias podem não ser completos.
Em resumo, se tudo no Universo obedece às leis, por sua vez, regidas por uma Força única, é lógico supor que as próprias manifestações da Divindade (avataras, etc.) também estejam sujeitas a essas mesmas leis... E assim, o que é Cósmico, seja obrigado a tomar forma humana, na razão do “verbo se fazer Carne. E o filho se fazer Luz”... E com isso, desde as menores as maiores Jerarquias celestes, se acham em função neste mesmo globo em que somos obrigados a viver...
Já na Atlântida, a Oitava cidade, onde se ocultava o Celestial Mistério, como Síntese e Origem das demais cidades, cada uma delas governada por seu Rei, os tradicionais REIS DO EDOM (do Éden ou “Paraíso terrestre”), era chamada de APTA.
E tal nome significa: “Lugar onde nasce o Sol”, Oriente, etc. Mas também, Presépio, Manjedoura, Creche, Berço, etc, etc, o que vem provar, não só a questão cósmica, como a puramente terrena, física, material, no sentido de nascimento de um ser humano, criança, etc. No sânscrito, pois que a velha Índia (ou Aryavartha), do mesmo modo que o Egito, representou o “Pai-Mãe da Humanidade”, Como nós mesmos os cognominamos – a palavra APTA, (além dos significados que já lhe demos anteriormente) quer dizer: – “Aquele ou Aquilo que atinge a Consciência do Eu”. Nesse caso, tal cidade, lugar ou região conservava em si, “por trás daquelas altíssimas muralhas”, que a cercavam, mais astral do que fisicamente, algo tão excelso, tão divino, que seria o mesmo dizer, segundo o significado sânscrito de APTA, “a própria Consciência Universal”, pouco importa a maneira pela qual a mesma se manifesta.
Em hebreu o termo, CAIJAH, como “Segundo poder de Neschamah”, representa o “Oitavo princípio do Homem”. Ora, se este, teosoficamente falando, possui “Sete princípios", é lógico deduzir que o “Oitavo” se acha fora do referido ser, embora se refletindo no seu imo ou interior. Donde a existência de um “liame espiritual”, chamemo-lo assim, ao qual as mesmas escrituras denominam de Sutratmã ou “fio de Ouro” (“Colar de Sutratmã”). Não esquecer que o mesmo “sistema planetário” possui um Sol central ou “oitava coisa”, girando em seu redor, sete globos, astros ou planetas.
Os deuses da Mitologia egípcia, por exemplo, além de representações, ao mesmo tempo, humanas e animais, (relacionados com as duas cadeias da evolução da Mônada, lunar e terrena), os mais excelsos eram francamente cósmicos, Como por exemplo: Osíris, o Sol, e Ísis, a Lua. Seu filho era Horus e, a bem dizer, formavam uma Sagrada Família, como aquela da Igreja Romana, conhecida como José, Maria* e Jesus. Astrologicamente falando (preferimos esse termo ao de “astronomicamente”), Sol Lua e a Terra onde os mesmos estavam manifestados = mais os quatro elementos. E tudo isso, em síntese = ou Mercúrio, o Filho. Este, porém, quer em atividade evolucional (manifestações avatáricas ou outras quaisquer), quer cósmica, no Seio da Terra, razão de nossas próprias palavras, ou sejam, “que a Terra vive em estado gravídico de um outro Sol”, isto é, por viver em seu SEIO, em sua Matriz, em seu Útero) toma a forma de Marte. Vemo-lo assim a carregar sua Cruz nos ombros, como a Humanidade inteira a carrega, até chegar ao máximo de sua Evolução, ou seja, Ele o símbolo precioso da Redenção humana. Mas como seu defensor, Guerreiro ou matador do “dragão infernal”, que se acha ferido por sua lança, debaixo das 4 patas do Cavalo branco (símbolo da Perfeição absoluta) ou “Kalki-avatara”. Não podia deixar de tomar aquela mesma forma, de que tanto nos temos ocupado. E acreditem ou não os incrédulos desse século, pseudo de “luzes”, mas em verdade, Ciclo agonizante, e Ele o mesmíssimo que nos apareceu no cume da Montanha Sagrada, a 28 de Setembro de 1921.
Res non verba!

*Já dissemos em outros lugares, que a Virgem. Maria, ora traz a Luz em cima da cabeça, ora em baixo dos pés. Outras vezes, é a serpente negra ou do Mal, mesmo assim em semicírculo, representando um “quarto lunar”. As sete semanas da Quaresma possuem, nessa mesma Igreja, nomes humanos: Ana, Bagana, Rebeca, Suzana, Lázaro e Ramos. Por sinal que, SETE. Em forma de verso:
Ana, Bagana,
Rebeca, Suzana
Lázaro, Ramos,
Na Páscoa estamos.
Na Mitologia, quer a Indiana, quer a grega, essas sete Semanas não são mais do que as SETE PLÊIADES. Também chamadas na primeira, “de Amas ou Mamas. Mães, etc, do Karttikeya”, que é a mesmo Maitreya, Akdorge, etc. ou o Cavaleiro, o Guerreiro, do qual se falou no texto e em outros mais lugares deste estudo.
Tais amas, mamas, mães, etc. têm o nome na Mitologia Indiana de Krittikas. As Plêiades constituem o grupo central de toda, a simbologia sideral. Chefiando a constelação de Taurus, elas foram consideradas por Madler e outros, “como o grupo central da Via Láctea”,
essa “Grande Serpente celeste”, e que para a Cabala, como para o Esoterismo Oriental, é “o setenário sideral” nascido do primeiro lado manifestado do Triângulo Superior Oculto, Símbolo do Um e também do Aleph (primeira letra hebraica), o Touro ou Boi cuja síntese é o Dez (10) ou IOD, letra e número perfeitos. As Plêiades, e especialmente Alcione, até mesmo pela Astronomia oficial, são consideradas como o ponto central, em torno do qual gira toda a grande massa de “estrelas fixas” que compõem o nosso universo. O foco sobre o qual converge e age incessantemente o Divino Sopro, que produz todo o movimento vital do Universo durante o presente Manvantara. Razão dos simbolismos siderais da  Filosofia Oculta, este circulo com a cruz de estrelas em sua face, e aquele que representa o principal papel. Os “4 elementos” ou a própria Cruz da Terra. É reflexo ou inverso de Vênus.  Donde se dizer que, “Jesus – enquanto ainda criança – vivia fazendo cruzes”, isto é, aquela onde devia ser crucificado. Mas, em verdade, por ser a sua própria expressão, como foi dito anteriormente, ou como uma das manifestações do Planetário da Ronda, pouco importa a classe ou categoria. Na mesma razão, “José, o carpinteiro”, ou “o Mestre de Obras maçônico”, com o qual o mesmo Filho aprendeu a fazer “tais cruzes”...

                   Trecho do artigo  “ESTUDO ESOTÉRICO” de J.H.S - Setembro de 1945







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