O Universo (ou o Macrocosmo) é um organismo
vivo que pulsa e se manifesta dentro de um ritmo integral, onde nada se perde
(ou deixa de ser) e tudo se transforma, obedecendo a uma ordem cujo vir a ser
realiza-se em curvas que se completam ao voltarem ao mesmo ponto, de onde
renascem para uma vivência numa oitava superior.
Para melhor compreender a interação do homem
com o cosmo, enunciaremos, a seguir, alguns fatos que justificam as afirmações
dos antigos sábios-sacerdotes ao afirmarem que o que está em cima é igual ao
que está embaixo, ou seja, o Macrocosmo é semelhante ao Microcosmo.
Por
exemplo:
O sol, para percorrer um grau da eclíptica
zodiacal leva 72 anos.
Para percorrer os 30o
de um dos signos de que é constituído o zodiaco, o Sol leva (30o
x 72 anos =)
2.160 anos.
Como o Zodíaco tem 12
signos e o Sol gasta 2.160 anos para percorrer cada signo, se multiplicarmos 12
x 2.160 encontraremos o número de 25.920 anos que é o tempo que o Sol leva para
percorrer uma volta inteira no Zodíaco e
regressar ao mesmo lugar no qual esteve há 25.920 anos passados.
Portanto, para
completar a eclíptica zodiacal (precessão dos equinócios), partindo de Áries,
por exemplo, até chegar a Áries novamente, o nosso Sol leva em torno de 25.920
anos.
Pergunto: O que isso tem a ver conosco?
Vejamos: Normalmente,
em 1 minuto o ser humano realiza 18 respirações (padrão de normalidade de um
ser humano saudável).
Disto podemos ver
que, em 1 hora (60 minutos) são realizadas (60 x 18 =) l.080 respirações.
Ora, como o dia tem
24h e o ser humano realiza 18 respirações por minuto é fácil verificar, se
multiplicarmos o número de respirações que realiza em 1 hora (1080) por 24
horas (um dia), que ele realiza normalmente, durante o dia (1.080 respirações x
24 =) 25.920 respirações, ou seja, o mesmo número, em
anos, que o Sol gasta para percorrer todo o Zodíaco saindo de um signo e
voltando para o mesmo depois de percorrer todos.
Coincidência?
Pelo que tenho aprendido, não!
Esta conclusão, que poderia ser uma
casualidade, não o é, pois a Ciência Espiritual sempre procurou, através do
próprio homem (o microcosmo) o entendimento do Macrocosmo, O Criador, o
organismo maior, do qual cada ser humano é uma réplica, principalmente se
considerarmos nosso corpo a nível atômico, onde cada átomo é um sistema solar,
cada molécula uma constelação, cada célula uma galáxia, cada órgão um
aglomerado de galáxias (um “muro”, como são conhecidas pelos Astrônomos atuais)
e o corpo humano, a expressão de algo divino, como Divino é o Corpo do Grande
Ser onde nós vivemos, nos movemos e temos o nosso Ser (Atos dos Apóstolos, cap.
17, versic. 28).
Outro
fato interessante:
Como sabemos, para melhor compreender o
eterno ritmo a que está sujeito o nosso sistema solar e suas relações com o ser
humano, os antigos sábios idealizaram a circunferência dividindo-a em 360 graus, cada grau equivalendo a 4 minutos. Desta forma, a circunferência,
expressa em minutos, tem (360 x 4=) 1.440 minutos.
Verificaram também que, normalmente, em 1
minuto ocorrem 72 batidas do coração (padrão normal de uma pessoa saudável) daí
que em 60 minutos (1 hora) o coração bate 4.320 vezes.
É
interessante observar que os Hindus afirmam que em cada respiração completa que
realizamos produzimos o que denominam um Manvantara e um Pralaya também
completos, ou seja, a criação de um Universo, sua manutenção, sua extinção e um
período de repouso (Aspiração, retenção, respiração e repouso, tudo isto
ocorrendo dentro de nosso corpo, onde:
1) ao aspirarmos
introduzimos em nós novas vidas atômicas para nossa própria manifestação,
2) no intervalo entre
uma aspiração e uma respiração, mantemos estas vidas conosco para expressarem
nossa verdadeira Realidade no plano físico,
3) ao respirarmos,
expelimos essas vidas atômicas com a experiência necessária as nossas
manifestações futuras e,
4) ao descansarmos (Repouso, Pralaya),
incorporamos à Realidade (Deus no Homem), o espiritual, o mais sutil, a
essência eterna do processo realizado).
Para os hindus, tanto a expressão do Universo
como a do homem é realizada através da medida de tempo conhecida por “tattwa”,
ou seja, a energia que modifica a intensidade e a qualidade de nossas
respirações durante as 24 horas do dia.
Na filosofia hinduísta, o número 72, ou seja,
o número de batidas do coração que o ser humano realiza por minuto e que
corresponde também ao número de anos que o Sol leva para percorrer 1° (um grau)
da eclíptica zodiacal, é considerado o símbolo da vida ou o número do homem.
Para eles, toda a cosmogonia existente
poderia ser conhecida apenas pelo conhecimento do número de respirações e
pulsações do ser humano, conforme será demonstrado em seguida. Precisamos apenas conhecer seus fatores
básicos que são:
1 tattwa se expressa durante 24 minutos, com
um tipo de intensidade de respiração, que pode ser:
a) curta (akasha, com
fluxo de 2 dedos;
b) Vayu, com fluxo de
8 dedos;
c) Tejas, com fluxo
de 4 dedos,
d) Prithivî, com
fluxo 12 dedos e
e) Apas com fluxo de
16 dedos), em seguida
5 tattwas, portanto, duram (5 x 24=) 120
minutos que é igual a 2 horas ou seja um hora dupla.
12 horas duplas (1 dia) (120 min. x 12) é
igual, portanto ao mesmo número do Zodíaco em minutos, ou seja, 1440 minutos.
Se multiplicarmos esses números pelo número
de respirações por minuto (18), vamos encontrar que:
- durante um tattwa o
ser humano realiza 432 respirações (24 x 18= 432),
- durante cinco tattwas
(5 x 432) o ser humano realiza 2.160 respirações, que vem a ser o número de
anos que o Sol leva para percorrer um signo zodiacal.
- durante 60 tattwas.
ou seja 1 dia (60 x 432) o ser humano realiza 25.920 respirações, ou seja,
também o mesmo número, em anos, que o Sol leva para percorrer a eclíptica
zodiacal ou realizar a precessão dos equinócios. Em minutos o resultado é o
mesmo, ou seja, 1440 x 18 = 25.920.
Se fizermos estes cálculos em relação ao
Zodíaco, vamos chegar, também, a números idênticos. Senão vejamos:
- sabemos que 1° (um
grau) é igual a 4 minutos; logo:
1 tattwa (= 24 minutos) corresponde a 6° (6
graus)
- como sabemos também
que o Sol para percorrer 1° do Zodíaco leva 72 anos, verificamos que para
percorrer 6°, o Sol leva 432 anos, algarismo igual ao número de respirações que
fazemos durante um tattwa, ou seja, 24 minutos.
- Da mesma forma, para
percorrer 30° (um signo do Zodíaco) o Sol leva 2.160 anos, número igual ao de
respirações que fazemos durante 5 tattwas e,
- para realizar uma
precessão do equinócio (360°), ou seja,
percorrer os 12 signos zodiacais, o Sol leva 25.920 anos que, como já vimos,
é o número de respirações que fazemos em 60 tattwas, ou seja, durante o dia.
Além do exposto, o número 432, ou seja, o
número de respirações que fazemos durante 1 tattwa (24 minutos x 18) e o número
de graus da circunferência marcam todas as medidas de tempo da cosmogonia
hindu. Trazemo-las à atenção de vocês para confirmarmos todos os cálculos até
aqui apresentados.
Também é interessante explicar que a noção de
duração do Universo dos hindus é muito maior do que a dos cientistas ocidentais,
ainda estupefatos com as próprias conclusões de que o Universo teria mais de 15
bilhões de anos (na minha opinião é um Universo ainda jovem!), quando aqueles trabalham com medidas muito menores que as
nossas (por exemplo, a menor medida de tempo, o Truti, para ser concebido por
nossos conceitos, teria que ser multiplicado 26 2/3 para representar apenas
8/45 de um segundo) e, ao mesmo tempo, com durações fantásticas e inconcebíveis para as
mentes ocidentais, atreladas ainda a possibilidade de conhecer a origem do
Universo analisando apenas seus efeitos atuais, o que, para o verdadeiro
ocultista, pode parecer uma quimera.
Os hindus concebem o Universo como a
manifestação de um Ser, ao qual denominam Parabrahman e é Sua manifestação que
regula tudo e todas as coisas do Universo, não somente daquilo que podemos
conhecer (que é uma ínfima parte da realidade) mas, principalmente, daquilo que
não temos condições de conhecer; senão, vejamos:
· 1 Mahayuga,
(literalmente “grande idade”), que é a milésima parte de um “Dia de Brahmâ”,
representa 4.320.000 anos solares e segundo os cálculos brahmânicos, é o
somatório de quatro yugas ou idades, assim discriminadas:
Duração:
|
Graus
da circunferência
|
||
Kali
Yuga =
|
1 x
432.000 anos =
|
432.000
anos =
|
72o
|
Dvapara
Yuga =
|
2 x
432.000 anos =
|
864.000
anos =
|
144o
|
Treta
Yuga =
|
3 x
432.000 anos =
|
1.296.000
anos =
|
216o
|
Krita
Yuga =
|
4 x
432.000 anos =
|
1.728.000
anos =
|
288o
|
1
Mahayuga =
|
10 =
432.000 anos =
|
4.320.000
anos =
|
720o
|
Mil Mahayugas = 1 Kalpa = Manvantara
1 Mahakalpa = 1 Grande Idade ou o Grande Ciclo =
Uma idade de Brahma
100 anos de Brahma representariam 311.040.000.000.000
(Trezentos e onze quatrilhões e quarenta trilhões) de
anos solares, segundo o cômputo Brahmânico do Tempo.
· Do que está acima, se
pode inferir que:
a) 72 é o número de
pulsações em 1 minuto, 144 o mesmo fato em 2 minutos, 216 em 3 minutos e 288 em
4 minutos;
b) Os 720° acima
representam o tempo que o Grande Sol leva para percorrer 1 grau da Grande
Circunferência ou Zodíaco Divino, o que pode ser melhor entendido quando
consideramos que o dia é formado de 12 horas duplas (dia e noite) e o dobro de
720 dá 1.440 que é o número de minutos de 1 dia comum;
c) 1.728 é igual ao
número de pulsações de um homem durante 1 tattwa, ou seja, o resultado de 72 pulsações
por minuto durante 24 minutos;
d) 72.000.000 de
MAHAYUGAS é igual a 311.040.000.000.000 de anos solares, que é igual a 100 anos
de Brahma = 1 MAHAKALPA, ou seja, A Grande Idade ou Grande Ciclo e, ainda, o
período de manifestação do Universo atual (porque já existiram outros);
e) 311.040.000.000.000
de anos solares ÷ 25.920 anos solares (1 precessão de equinócios ou o número de
respirações que fazemos durante um dia) é igual a 12.000.000.000, ou seja, um
Grande Ciclo ou 1 Mahakalpa, que corresponde a doze bilhões de vezes o percurso
que o nosso Sol realiza em torno da eclíptica.
Como vemos, são números fantásticos, mas mais
fantástico ainda é que este conhecimento faz parte de uma Ciência que acompanha
os verdadeiros iniciados (ou seja, aqueles que conquistaram estados de
consciência que ultrapassa de muito as atuais condições da mente, da maioria da
humanidade).
Existem milhares de outros ritmos cíclicos ou
periódicos acontecendo na natureza e no homem.
Citaremos apenas alguns e deixaremos o interesse de investigar de vocês
para aumentar esta lista “ad libitum”:
1) Os 4 ritmos da
respiração:
a) inalação - PRIMAVERA
= Fecundação
b) retenção - VERÃO = Geração
c) expiração - OUTONO
= Nascimento (dá frutos)
d) descanso - INVERNO =
Morte
2) As manchas
periódicas no Sol = cada 11 anos
3) As fases da lua,
que modificam as marés e a iluminação durante a noite noites
4) O dia e a noite.
5) A menstruação nas
mulheres.
6) Os fenômenos das
auroras boreais, etc, etc.
O Ser humano é um Deus manifestado!
Pense nisso!
Panyatara